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IMPEACHMENT
Eleição seria em 6 meses
OTÁVIO DIAS
da Reportagem Local
O assassinato do vice-presidente paraguaio, Luis María Argaña, tornou mais definida a situação política do
país, segundo o constitucionalista paraguaio Eusebio
Ramon Ayala.
"Antes, a situação estava
muito cinzenta. Agora, é
preto ou branco. Ou teremos um golpe militar ou o
presidente Cubas será destituído", afirma Ramon,
que participou, como constituinte, da elaboração da
Constituição paraguaia,
promulgada em 92.
Ele diz que o atentado
contra Argaña impulsionou
o processo de impeachment
contra o presidente.
"Nas votações de hoje
(ontem), deputados indecisos votaram pelo início do
processo. E outros simplesmente se ausentaram da
sessão", afirmou.
Segundo o advogado e
professor da Universidade
Católica de Assunção, não
há regras predeterminadas
para o processo, o que permitiria um afastamento rápido do presidente.
"Não há nada que impeça
que o impeachment de Cubas ocorra hoje mesmo (ontem) ou num prazo muito
curto", disse à Folha, por
telefone, de Assunção.
Se o presidente for destituído, o presidente do Congresso deverá assumir a
Presidência do Paraguai, de
acordo com a Constituição.
No caso, o sucessor seria
Luis González Macchi, da
corrente "argañista" do
Partido Colorado.
Então, a Justiça Eleitoral
precisaria convocar eleições presidenciais, a serem
realizadas no prazo mínimo
de seis meses.
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