São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2008

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Falando aos franceses, Sarkozy admite erros no 1º ano de governo

Presidente promete lutar por boicote europeu à abertura dos Jogos de Pequim

DA REDAÇÃO

O presidente francês Nicolas Sarkozy admitiu ontem ter cometido erros em seu primeiro ano de governo e disse reconhecer que tem "parte da responsabilidade" pelo descontentamento da população.
Em 1h30 de entrevista ao vivo transmitida do Palácio do Eliseu, Sarkozy moderou sua retórica combativa, mas afirmou que vai continuar pressionando por reformas, apesar da cenário econômico difícil e da baixa popularidade.
O objetivo de sanear o Orçamento do Estado até 2012 permanece perfeitamente alcançável, segundo Sarkozy. Pesquisa publicada ontem pela revista "Paris Match" indica que 72% dos franceses estão decepcionados com seu governo e 65% acham que ele não cumpre as promessas de campanha.
Além do crescimento baixo, o estilo intempestivo e o romance público com a cantora Carla Bruni acirraram as críticas a Sarkozy. "Tento fazer meu trabalho o melhor que posso e dedico um tempo infinito a ele", desconversou, ao ser questionado sobre o impacto de sua vida privada em sua gestão.
Falando para a França, Sarkozy foi mais incisivo nos temas em que sua opinião coincide com a de grande parte dos eleitores. Exaltou a defesa dos direitos humanos e prometeu pressionar a União Européia para boicotar a abertura da Olimpíada de Pequim.
No início da semana, ele enviara três emissários à China e uma carta de desculpas à atleta cadeirante da qual manifestantes pró-Tibete tentaram arrancar a tocha olímpica na passagem por Paris, numa tentativa de conter um movimento de boicote a marcas francesas, como o Carrefour.
O presidente descartou a legalização ampla dos imigrantes clandestinos e criticou os empresários que contratam os "sem-papéis".


Com agências internacionais

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