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Falando aos franceses, Sarkozy admite erros no 1º ano de governo
Presidente promete lutar por boicote europeu à abertura dos Jogos de Pequim
DA REDAÇÃO
O presidente francês Nicolas
Sarkozy admitiu ontem ter cometido erros em seu primeiro
ano de governo e disse reconhecer que tem "parte da responsabilidade" pelo descontentamento da população.
Em 1h30 de entrevista ao vivo transmitida do Palácio do
Eliseu, Sarkozy moderou sua
retórica combativa, mas afirmou que vai continuar pressionando por reformas, apesar da
cenário econômico difícil e da
baixa popularidade.
O objetivo de sanear o Orçamento do Estado até 2012 permanece perfeitamente alcançável, segundo Sarkozy. Pesquisa publicada ontem pela revista "Paris Match" indica que
72% dos franceses estão decepcionados com seu governo e
65% acham que ele não cumpre
as promessas de campanha.
Além do crescimento baixo, o
estilo intempestivo e o romance público com a cantora Carla
Bruni acirraram as críticas a
Sarkozy. "Tento fazer meu trabalho o melhor que posso e dedico um tempo infinito a ele",
desconversou, ao ser questionado sobre o impacto de sua vida privada em sua gestão.
Falando para a França, Sarkozy foi mais incisivo nos temas em que sua opinião coincide com a de grande parte dos
eleitores. Exaltou a defesa dos
direitos humanos e prometeu
pressionar a União Européia
para boicotar a abertura da
Olimpíada de Pequim.
No início da semana, ele enviara três emissários à China e
uma carta de desculpas à atleta
cadeirante da qual manifestantes pró-Tibete tentaram arrancar a tocha olímpica na passagem por Paris, numa tentativa
de conter um movimento de
boicote a marcas francesas, como o Carrefour.
O presidente descartou a legalização ampla dos imigrantes
clandestinos e criticou os empresários que contratam os
"sem-papéis".
Com agências internacionais
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