especial para a Folha

A Iugoslávia tem cerca de 100 mil soldados, divididos em três Exércitos, um dos quais, com 40 mil, está na Província de Kosovo. Do total de 1.100 tanques, 400 já estariam em Kosovo.
Se a Otan quiser desalojá-los, vai ter de colocar em campo um Exército, no mínimo, equivalente. Os especialistas estimam que entre 100 mil e 200 mil homens seriam necessários.
Uma "regra" das guerras deste século diz que uma força atacante deve ter pelo menos três vezes o poderio de quem defende, cálculo afetado pela qualidade das tropas e do armamento e o tipo de terreno.
A Otan se equipou por quase meio século para lutar com as tropas do Pacto de Varsóvia. Os soviéticos e seus aliados tinham um enorme Exército, baseado em tanques e blindados, e a Otan se preparou para fazer frente a ele.
Ou seja: os modernos sistemas de armas são feitos para destruir material em um conflito intenso e rápido. Isso exige grande quantidade de equipamento.
Para concentrar a força necessária para tomar Kosovo, seria preciso ao menos mais um mês, dependendo de se saber quais dos países da Otan enviariam tropas terrestres.
Seria preciso saber quais países da região estariam dispostos a servir de base para a Otan -notadamente Macedônia e Albânia.
A Otan gostaria de usar seu superior poder de fogo para evitar baixas em seu pessoal. Mas o terreno montanhoso de Kosovo, coberto por florestas, tende a negar o papel das armas pesadas. O combate tenderia a aumentar o papel da infantaria -a arma que mais sofre baixas.


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