São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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Câmara dos EUA aprova o uso de ajuda para combate à guerrilha

DA REDAÇÃO

A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou ontem, como parte de um pacote de US$ 28,9 bilhões para o combate ao terrorismo, a autorização para que o governo colombiano utilize a ajuda financeira que recebe dos EUA para combater os grupos armados ilegais -guerrilhas de esquerda e paramilitares de direita.
Os EUA são os principais financiadores do Plano Colômbia de combate ao narcotráfico, com US$ 1,3 bilhão. Até agora, porém, essa ajuda não pode ser usada no combate a esses grupos, apesar das acusações de que eles se financiam por meio do narcotráfico.
As duas principais guerrilhas colombianas -Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional)-, assim como o principal grupo paramilitar, AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), são consideradas organizações terroristas pelo Departamento de Estado dos EUA.
O pacote aprovado ontem, que deve ainda ser levado ao Senado, prevê uma ajuda adicional de US$ 35 milhões à Colômbia: US$ 25 milhões para prevenção de sequestros, US$ 4 milhões para reforçar instalações policiais e US$ 6 milhões para um programa de proteção do oleoduto Caño Limón-Coveñas, que foi dinamitado quase mil vezes pela guerrilha desde 1986 e é administrado pela multinacional americana Oxy.
O embaixador da Colômbia em Washington, Luis Alberto Moreno, elogiou a decisão. "O problema da Colômbia não se limita à luta contra o narcotráfico. O problema é fazer frente a todos os grupos armados que se alimentam do narcotráfico", disse. "Esses grupos geram violência, sequestros e atentados, e tudo isso está sendo compreendido com essa autorização", afirmou.


Com agências internacionais

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