São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2005

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ORIENTE MÉDIO

Ação é resposta a disparo de foguetes

Exército israelense mata quatro membros do Hamas em Gaza

DA REDAÇÃO

Israel matou ontem quatro palestinos pertencentes ao grupo terrorista Hamas em ataques com mísseis e moveu peças de artilharia para a fronteira com Gaza. As ações são parte do que o governo de Israel chamou de resposta "esmagadora" ao primeiro grande ataque lançado pelo Hamas contra território israelense desde a saída de Gaza há duas semanas.
Na madrugada de hoje, um ataque aéreo contra uma escola no norte de Gaza deixou pelo menos 19 pessoas feridas, entre elas oito mulheres e três crianças.
Israel também fechou a fronteira com a Cisjordânia, impedindo palestinos de entrar em território israelense. O premiê Ariel Sharon convocou ontem reunião do Gabinete de Segurança, que aprovou a resposta militar, prevista para durar alguns dias. "O chão de Gaza tremerá", disse o ministro da Defesa, Shaul Mofaz.
O recrudescimento da violência ocorre num momento delicado. A liderança de Sharon em seu partido, o Likud, será objeto de votação nesta semana por conta da retirada de Gaza. O desafiante, o ex-premiê Binyamin Netanyahu (1996-99), afirma que a retirada coloca Israel em perigo. O ataque do Hamas, que lançou 39 foguetes contra Israel, ferindo cinco israelenses, pode reforçar a posição de Netanyahu contra Sharon.
A escalada foi deflagrada por uma explosão, na sexta-feira, em manifestação do Hamas no campo de refugiados de Jebaliya, na qual 15 palestinos morreram e dezenas ficaram feridos.
O Hamas culpou Israel pela explosão e disse que lançou os foguetes em retaliação. A Autoridade Nacional Palestina (ANP), porém, responsabilizou o Hamas, afirmando que seus militantes não souberam lidar com os explosivos. Voltou a conclamar grupos radicais a não portar armas em público. A operação israelense foi lançada pela Força Aérea.


Com agências internacionais


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