São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2005

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Exército nega participação americana

DA REDAÇÃO

As Forças Armadas e outras autoridades paraguaias negam a participação extensiva dos EUA na formação das tropas do país. Dizem que esta ocorre em academias militares paraguaias e que alguns oficiais são enviados para Brasil e Argentina para treinamento, como na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro.
Segundo o Exército, nenhum de seus oficiais atuais é egresso, por exemplo, da Academia Militar de West Point, nos EUA.
As autoridades paraguaias negam também qualquer ingerência exterior na política de defesa do Paraguai, apesar de admitir que parte da doutrina do país em questões de antiterrorismo e antinarcóticos chega por mãos americanas.
"O soldado americano, que tem maior experiência que nós, nos ensina a doutrina", afirmou o coronel Elio Flores, porta-voz do Comando das Forças Armadas do Paraguai.
"Mas isso não afeta em absoluto nossa política de segurança e de defesa", disse ele.
"Não temos orçamento para pagar esse tipo de treinamento. Os EUA têm a tecnologia, têm a doutrina, e nós optamos pela capacitação de nosso pessoal aprender suas diferentes experiências. Mas o compromisso é o mesmo dos treinamentos que temos com a Argentina e o Brasil", afirmou o coronel.
"São simples acordos de cooperação em matéria técnica na luta contra o narcotráfico e o terrorismo", concordou o ex-chanceler paraguaio Miguel Sanguier, senador pelo Partido Liberal. "Não significam nenhum compromisso com a política dos EUA. Não há uma política de defesa que os EUA nos ditem." (CV)


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