DA ASSOCIATED PRESS

Ruanda decidiu romper relações diplomáticas com a França a partir da segunda-feira em meio a tensões provocadas por uma investigação da Justiça francesa sobre o assassinato, em 1994, do então presidente ruandês, Juvenal Habyarimana.
"Lamentamos essa decisão. Estamos tomando todas as medidas necessárias", disse a nota divulgada ontem pela Chancelaria de Ruanda. O embaixador francês em Ruanda, Dominique Decherf, deve deixar o país hoje.
Na última quarta, a Justiça francesa emitiu ordens de prisão para nove autoridades ruandesas acusadas de planejar a derrubada do avião de Habyarimana em 6 de abril de 1994, um incidente que deu combustível ao genocídio no país. Os acusados são assessores do atual presidente de Ruanda, Paul Kagame.
O juiz ainda acusou Kagame de ordenar o assassinato de Habyarimana. O presidente nega.
Mais de 800 mil pessoas -a maioria de etnia tutsi- foram mortas nos cem dias de massacres que seguiram a morte de Habyarimana, de etnia hutu.


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