São Paulo, sábado, 25 de novembro de 2006

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Espionagem industrial é prioridade

STEPHEN FIDLER
DO "FINANCIAL TIMES", EM LONDRES

O envenenamento em Londres do ex-espião russo Alexander Litvinenko veio à tona após crescentes evidências de que a inteligência russa vem intensificando suas atividades na capital britânica. De acordo com especialistas do setor privado e do governo, as operações de inteligências russas em Londres são realizadas principalmente pela SVR, a agência de inteligência russa no exterior, e o GRU, seu braço de inteligência militar. A FSB, a agência de inteligência doméstica russa, trabalha sobretudo em solo russo.
Os especialistas dizem que as atividades russas se concentram em três áreas principais: os esforços tradicionais para coletar informações governamentais, a coleta de informações tecnológicas e científicas e um esforço para monitorar a atividade de opositores em Londres.
Essas atividades incluem esforços para atrair para a Rússia empresas que possuam tecnologias úteis. "Os russos vêm aumentando sua atividade, especialmente em setores que consideram estratégicos, como o energético e o bancário", diz Stuart Poole-Robb, do Grupo Merchant Internacional, uma agência de inteligência corporativa sediada em Londres.

China
Especialistas dizem que a Rússia não é vista como ameaça, como acontecia com a União Soviética. O aumento na atividade russa vem sendo acompanhado por operações de inteligência de outros governos, em especial o da China, cujas atividades de espionagem podem superar as da Rússia, segundo algumas estimativas.


Tradução de CLARA ALLAIN


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