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São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

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Oficial britânico vê nova confiança na ocupação

DO "NEW YORK TIMES"

Quando o general Graeme Lamb, um britânico de 50 anos, chegou em junho para liderar a principal força européia que controla a região sudeste do Iraque, estava cético. Ele sentia que seu trabalho seria muito mais difícil do que hoje pensa que foi.
No momento de deixar seu posto a outro oficial britânico, Lamb avalia que a captura de Saddam Hussein no último dia 13 e outras mudanças, como o avanço no trabalho de recolocar em funcionamento instalações petrolíferas, estações de energia e o sistema de fornecimento de água, criaram uma nova confiança de que as forças de ocupação possam deixar um Iraque estável.
"Isso é possível?", perguntou em entrevista coletiva. "É melhor acreditar que sim", respondeu. O general se definiu como "fervente realista" e fez uma avaliação similar à de oficiais americanos em Bagdá. "Acho que estamos em ótima forma."
Lamb passou seis meses no comando de um contingente de 13 mil homens, de 11 países, baseado em Basra e com o controle sobre cerca de um quarto do Iraque.
O general também provocou a mídia. Os jornalistas ocidentais, disse, chegaram a uma conclusão precipitada de que as forças anglo-americanas, ao assumirem o controle do Iraque, não se sairiam bem. Ele comparou isso com o tom crítico que teria sido dado ao início da tentativa de tomar Bagdá. O plano previa 125 dias para isso, mas foi concretizado em 23, e "vocês nos viam mortos e enterrados em sete dias".
Para Lamb, a captura de Saddam acabou com o temor que a figura dele ainda causava a muitos iraquianos e tirou dos insurgentes uma inspiração. No geral, a posição do general foi quase a mesma dos oficiais americanos, mas houve uma divergência. Ele acha muito simplista usar a queda no número de ataques diários às tropas como uma amostra de progresso, já que isso é só uma parte do desafio. No mês passado, a média era de 40 por dia. A partir do final de novembro, caiu para 20.


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