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ARGENTINA
Registro de alianças na Justiça Eleitoral acabou
Partido Justicialista concorre à Presidência com três candidatos
MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES
Os principais candidatos à Presidência argentina entraram em
campanha: todos já definiram as
alianças e os candidatos à vice.
Eles já começaram também a atacar-se mutuamente, mas, nove semanas antes do primeiro turno
das eleições, a população do país
continua indecisa e pouco interessada no processo eleitoral, segundo pesquisas de opinião.
Ontem, terminou o prazo para
que os candidatos registrassem
suas alianças na Justiça Eleitoral.
O principal partido, o PJ (Partido
Justicialista), concorrerá com três
candidatos. O partido esteve, nos
últimos seis meses, imerso em
uma briga interna entre o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999) e o atual presidente da Argentina, Eduardo Duhalde.
Duhalde queria evitar que Menem vencesse a eleição interna do
PJ. O presidente conseguiu evitar
as eleições internas, mas à custa
de um racha no partido. Pela primeira vez na história do PJ, o partido será representado por mais
de um candidato. E os candidatos
não poderão usar os símbolos do
PJ e a imagem de Juan Domingo
Perón (1895-1974), ex-presidente
e fundador do partido.
Na semana passada, uma decisão judicial proibiu Menem de
usar o termo "peronista" no nome de sua aliança. Ontem, o ex-presidente sofreu outro revés: a
Justiça o proibiu, a pedido de
Adolfo Rodríguez Saá, também
candidato do PJ, de usar o termo
"popular". Menem acabou registrando o nome "Frente para a
Lealdade". Ele concorrerá com os
peronistas Rodríguez Sáa (Frente
Nacional e Popular) e Néstor
Kirchner (Frente para a Vitória).
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