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JUSTIÇA
Indonésia rechaça decisão
ONU indicia 8 pessoas por crimes em Timor
DA REDAÇÃO
A ONU indiciou ontem o ex-chefe das Forças Armadas da Indonésia, seis generais e o ex-governador de Timor Leste por crimes contra a humanidade cometidos durante o que descreveu como "um ataque amplo e sistemático" com o objetivo de evitar a independência de Timor.
Horas depois, no entanto, a Indonésia afirmou que vai ignorar a
decisão, o que deve impedir que
os acusados enfrentem a Justiça
em um tribunal de Dili (capital de
Timor), como prevê a ONU.
No topo da lista dos indiciados,
está Wiranto, ex-chefe das Forças
Armadas da Indonésia que é acusado de ser o principal responsável pela violência que atingiu o
território (então sob ocupação indonésia) em 1999, quando seus cidadãos votaram a favor da independência em um plebiscito patrocinado pela ONU.
Wiranto, como os outros sete,
continua livre e chegou a ser cogitado como um possível candidato
a presidente em 2004.
A ONU informou que eles são
acusados de assassinato, deportação e perseguição e que esses crimes "foram todos cometidos como parte de um ataque amplo e
sistemático dirigido contra a população civil de Timor Leste".
Grupos de direitos humanos
elogiaram a iniciativa, mas disseram que só ficarão satisfeitos
quando a ONU estabelecer um
tribunal internacional para Timor
Leste semelhante ao que foi criado para processar criminosos em
Ruanda e na ex-Iugoslávia.
Com agências internacionais
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