São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

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Mulher-bomba mata 40 pessoas e fere 55 em universidade em Bagdá

Atentado ocorre dez dias após premiê anunciar plano de segurança para capital

DA REDAÇÃO

Ao menos 40 pessoas morreram e 55 ficaram feridas em um atentado suicida ontem no campus da universidade de Mustansiriya, a segunda maior de Bagdá. A maioria das vítimas era estudante.
Seguranças chegaram a barrar a mulher-bomba na entrada feminina do prédio de administração e economia, mas, mesmo assim, ela conseguiu detonar os explosivos. O ataque ocorreu enquanto alguns alunos retornavam ao campus para as aulas vespertinas e outros faziam provas.
É a segunda vez que a universidade, localizada em uma área controlada pela milícia xiita Exército Mahdi, é alvo de ataque. No mês passado, 70 pessoas morreram em um ataque coordenado, que envolveu dois carros-bomba e um militante suicida, ao principal prédio da universidade.
O atentado de ontem foi um de uma série que ocorreu na capital iraquiana, em um dos dias mais violentos desde que o primeiro-ministro Nuri Kamal Al Maliki anunciou novas medidas de segurança, há dez dias.
Houve um atentado nos arredores da embaixada do Irã, que matou duas pessoas e feriu quatro, e uma explosão de um carro-bomba em um mercado no bairro de Karrada, no centro da capital, deixando quatro pessoas feridas.

Al Sadr
Horas após o atentado à universidade, o religioso xiita Moqtada Al Sadr, líder do Exército Mahdi, retirou seu apoio ao plano de segurança de Maliki, cujo objetivo expresso é justamente a repressão às milícias. Sadr, que integra a base parlamentar do governo, afirmou em documento que não acredita que o plano de segurança terá êxito enquanto as tropas americanas estiverem no país. Ele leu o texto em voz alta para mil atiradores na Cidade Sadr, bairro xiita próximo à universidade atingida.
A declaração faz um apelo às forças de segurança iraquianas para que parem imediatamente de cooperar com os EUA.
Sadr liderou sua milícia em duas ocasiões, em 2004, contra as forças americanas. Atualmente, vinha evitando confronto com os EUA.
Washington acusa o Irã de fomentar a violência no Iraque e afirma que armas sofisticadas feitas no Irã têm sido usadas por milícias iraquianas para matar tropas americanas.
Mas o consultor da Segurança Nacional do Iraque, Mowaffaq Al Rubaie, disse que os iranianos pararam de fornecer armas às milícias xiitas para que o plano de segurança tenha chance de funcionar.


Com agências internacionais


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