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Mulher-bomba mata 40 pessoas e fere 55 em universidade em Bagdá
Atentado ocorre dez dias após premiê anunciar plano de segurança para capital
DA REDAÇÃO
Ao menos 40 pessoas morreram e 55 ficaram feridas em um
atentado suicida ontem no
campus da universidade de
Mustansiriya, a segunda maior
de Bagdá. A maioria das vítimas
era estudante.
Seguranças chegaram a barrar a mulher-bomba na entrada
feminina do prédio de administração e economia, mas, mesmo assim, ela conseguiu detonar os explosivos. O ataque
ocorreu enquanto alguns alunos retornavam ao campus para as aulas vespertinas e outros
faziam provas.
É a segunda vez que a universidade, localizada em uma área
controlada pela milícia xiita
Exército Mahdi, é alvo de ataque. No mês passado, 70 pessoas morreram em um ataque
coordenado, que envolveu dois
carros-bomba e um militante
suicida, ao principal prédio da
universidade.
O atentado de ontem foi um
de uma série que ocorreu na capital iraquiana, em um dos dias
mais violentos desde que o primeiro-ministro Nuri Kamal Al
Maliki anunciou novas medidas de segurança, há dez dias.
Houve um atentado nos arredores da embaixada do Irã, que
matou duas pessoas e feriu
quatro, e uma explosão de um
carro-bomba em um mercado
no bairro de Karrada, no centro
da capital, deixando quatro
pessoas feridas.
Al Sadr
Horas após o atentado à universidade, o religioso xiita
Moqtada Al Sadr, líder do Exército Mahdi, retirou seu apoio ao
plano de segurança de Maliki,
cujo objetivo expresso é justamente a repressão às milícias.
Sadr, que integra a base parlamentar do governo, afirmou
em documento que não acredita que o plano de segurança terá êxito enquanto as tropas
americanas estiverem no país.
Ele leu o texto em voz alta para
mil atiradores na Cidade Sadr,
bairro xiita próximo à universidade atingida.
A declaração faz um apelo às
forças de segurança iraquianas
para que parem imediatamente
de cooperar com os EUA.
Sadr liderou sua milícia em
duas ocasiões, em 2004, contra
as forças americanas. Atualmente, vinha evitando confronto com os EUA.
Washington acusa o Irã de
fomentar a violência no Iraque
e afirma que armas sofisticadas
feitas no Irã têm sido usadas
por milícias iraquianas para
matar tropas americanas.
Mas o consultor da Segurança Nacional do Iraque, Mowaffaq Al Rubaie, disse que os iranianos pararam de fornecer armas às milícias xiitas para que o
plano de segurança tenha
chance de funcionar.
Com agências internacionais
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