São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011 |
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Violência cresce na capital, último reduto do regime DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Forças leais a Muammar Gaddafi abriram fogo ontem contra manifestantes antirregime que tentavam protestar na capital, Trípoli, indicando a intensificação dos conflitos no último grande reduto dos partidários do ditador líbio. Opositores afirmaram ter sido recebidos a bala ao tentar se dirigir à região central de Trípoli, onde se concentram as forças governistas. Alguns rebeldes disseram já controlar partes da cidade. Há relatos de muitas mortes em decorrência dos confrontos, elevando ainda mais o número de vítimas, que já é estimado em mais de mil. A revolta na Líbia é a mais sangrenta da onda de protestos que derrubaram os ditadores de Tunísia e Egito. Na região leste do país, controlada por rebeldes desde o início da semana, foram realizadas marchas em apoio aos manifestantes na capital. Além do leste, opositores dominam várias cidades a oeste de Trípoli até a divisa com a Tunísia e se aproximam a cada dia da capital. Ontem, o filho de Gaddafi, Saif al Islam, admitiu "problemas" em Zawiya, no oeste, e disse esperar o estabelecimento de um cessar-fogo com os "terroristas" hoje. Rebeldes disseram controlar quase todas as reservas de petróleo na região centro-leste -que concentram cerca de 80% de todo o petróleo líbio. Anteontem, Gaddafi havia prometido interromper o fornecimento de petróleo caso as revoltas não cessassem. Ontem, o ditador, desde 1969 no cargo -o mais longevo líder africano-, apareceu na praça Verde, na região central de Trípoli, para falar a estimados mil partidários. "Retaliem eles! Retaliem eles!", disse, convocando governistas a reagir aos opositores como havia feito nesta semana mais de uma vez. O governo anunciou ainda aumentos de até 150% nos salários e o pagamento de US$ 117 a desempregados. Texto Anterior: EUA e UE ampliam pressão; Gaddafi fala em "triunfo" Próximo Texto: Brasileiros embarcam e se dizem aliviados Índice | Comunicar Erros |
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