O premiê britânico, Tony Blair, disse ontem que a captura de 15 militares do país pelo Irã na sexta-feira, durante uma patrulha marítima no golfo Pérsico, foi "injustificada e errada", e ocorreu em águas iraquianas.
O governo de Teerã, que alega que os militares estavam em águas iranianas quando foram detidos, informou ontem que está considerando processá-los.
Em conversa com a imprensa durante a festa pelos 50 anos da União Européia, em Berlim, Blair disse que considera a ação iraniana muito séria, mas que seu governo espera resolver o impasse diplomaticamente nos próximos dias.
Blair negou que os militares tenham violado a soberania iraniana. "Não há dúvida de que essas pessoas foram pegas em um barco em águas iraquianas", disse.
O incidente aumentou a já alta tensão entre o Ocidente e Teerã por causa do programa nuclear iraniano. O Conselho de Segurança da ONU impôs, anteontem, novas sanções contra o país em resposta à recusa do regime islâmico em suspender o enriquecimento de urânio.
Em resposta às sanções, o Irã anunciou ontem a suspensão parcial de sua colaboração com a agência nuclear da ONU.