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IRAQUE OCUPADO
Líder da Al Qaeda teria escapado por pouco
EUA matam ao menos 20 em ataque aéreo contra Fallujah
DA REDAÇÃO
Na terceira ofensiva aérea lançada contra Fallujah em uma semana, forças americanas anunciaram ter matado de 20 a 25 iraquianos ontem. Segundo uma
fonte do Pentágono, o terrorista
jordaniano Abu Musab al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque,
escapou por pouco.
"A operação empregou armas
de precisão para mirar e destruir
o esconderijo", disse o general
Mark Kimmitt, porta-voz das forças americanas. De acordo com
uma alta autoridade do Pentágono, um homem, que acredita-se
ser Zarqawi, deixou o local instantes antes das explosões, e foi recolhido por um comboio de carros.
Zarqawi é no momento o principal alvo americano no Iraque. O
grupo do terrorista assumiu a autoria de diversos atentados no Iraque, incluindo as decapitações do
americano Nicholas Berg e do sul-coreano Kim Sun-il e os ataques
coordenados de anteontem em
cinco cidades que causaram a
morte de mais de cem pessoas.
Forças americanas e iraquianas
acreditam que Zarqawi planeja
vários atentados com carros-bomba em Bagdá antes da posse
do governo interino iraquiano,
marcada para quarta. Ele ameaça
matar o premiê iraquiano.
Além do ataque aéreo, houve
combates entre tanques americanos e insurgentes na periferia de
Fallujah. A cidade, 60 km a oeste
de Bagdá, é o principal foco da resistência sunita e foi palco do assassinato e esquartejamento de
quatro americanos em abril. Na
época, os americanos se retiraram
da cidade, deixando a segurança
para forças iraquianas. A decisão
agora é considerada um erro, porque o controle da cidade caiu na
mão de clérigos radicais.
O Exército Mehdi, milícia do
clérigo radical xiita Moqtada al
Sadr, anunciou um cessar-fogo
unilateral em Sadr City, bairro de
Bagdá. Al Sadr, aparentemente
desejoso de assumir papel relevante no novo quadro político do
país, já havia retirado suas forças
de Najaf e Karbala.
Em Bagdá, a explosão de uma
bomba matou um policial iraquiano. Em Mossul, no dia seguinte às explosões que mataram
cerca de 50 pessoas, a população
evitou sair às ruas.
Com agências internacionais
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