São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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IRAQUE OCUPADO

Líder da Al Qaeda teria escapado por pouco

EUA matam ao menos 20 em ataque aéreo contra Fallujah

DA REDAÇÃO

Na terceira ofensiva aérea lançada contra Fallujah em uma semana, forças americanas anunciaram ter matado de 20 a 25 iraquianos ontem. Segundo uma fonte do Pentágono, o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque, escapou por pouco.
"A operação empregou armas de precisão para mirar e destruir o esconderijo", disse o general Mark Kimmitt, porta-voz das forças americanas. De acordo com uma alta autoridade do Pentágono, um homem, que acredita-se ser Zarqawi, deixou o local instantes antes das explosões, e foi recolhido por um comboio de carros.
Zarqawi é no momento o principal alvo americano no Iraque. O grupo do terrorista assumiu a autoria de diversos atentados no Iraque, incluindo as decapitações do americano Nicholas Berg e do sul-coreano Kim Sun-il e os ataques coordenados de anteontem em cinco cidades que causaram a morte de mais de cem pessoas.
Forças americanas e iraquianas acreditam que Zarqawi planeja vários atentados com carros-bomba em Bagdá antes da posse do governo interino iraquiano, marcada para quarta. Ele ameaça matar o premiê iraquiano.
Além do ataque aéreo, houve combates entre tanques americanos e insurgentes na periferia de Fallujah. A cidade, 60 km a oeste de Bagdá, é o principal foco da resistência sunita e foi palco do assassinato e esquartejamento de quatro americanos em abril. Na época, os americanos se retiraram da cidade, deixando a segurança para forças iraquianas. A decisão agora é considerada um erro, porque o controle da cidade caiu na mão de clérigos radicais.
O Exército Mehdi, milícia do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, anunciou um cessar-fogo unilateral em Sadr City, bairro de Bagdá. Al Sadr, aparentemente desejoso de assumir papel relevante no novo quadro político do país, já havia retirado suas forças de Najaf e Karbala.
Em Bagdá, a explosão de uma bomba matou um policial iraquiano. Em Mossul, no dia seguinte às explosões que mataram cerca de 50 pessoas, a população evitou sair às ruas.


Com agências internacionais


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