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ORIENTE MÉDIO
Atentado mata rabino
EUA avaliam uso de suas armas por Israel
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, disse ontem
estar preocupado com o uso por
Israel de armamento exportado
por seu país em ataques como o
que deixou 15 mortos, entre eles
um líder do Hamas, em Gaza.
A legislação norte-americana
estabelece que o país pode exportar armas sob as condições de que
os compradores só as usarão em
situações de "segurança interna e
legítima autodefesa".
Na ação de terça-feira, que matou nove crianças, um F-16 de fabricação americana disparou
míssil sobre a casa de Salah Shehada, chefe da brigada militar do
grupo extremista Hamas, num
bairro densamente povoado.
"Estamos preocupados com o
ocorrido", declarou Powell.
"Analisamos permanentemente a
forma como é usado o equipamento que fornecemos a Israel."
Na véspera, o porta-voz do Departamento de Estado, Richard
Boucher, havia indicado que os
israelenses poderiam sofrer "consequências" se continuassem
com a política de assassinatos de
terroristas palestinos.
Israel foi duramente criticado
durante reunião anteontem do
Conselho de Segurança da ONU.
Ontem, porém, representantes
árabes decidiram não levar a votação uma resolução condenando
os israelenses pela morte de civis
em Gaza. Os EUA haviam dado
indícios de que vetariam o texto.
Morte na Cisjordânia
Palestinos mataram ontem um
rabino de um assentamento judaico da Cisjordânia, numa ação
destacada por grupos extremistas
como a primeira resposta ao ataque israelense em Gaza.
Duas organizações extremistas,
entre elas as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, assumiram a autoria do ataque a tiros contra o carro
em que Elimelech Shapira, 43,
viajava perto da colônia de Alei
Zahav, na região de Qalqilya. Outra pessoa que estava no veículo
ficou gravemente ferida.
Testemunhas disseram que soldados prenderam quatro palestinos em Qalqilya após a ação, entre
eles um líder de um grupo armado. Escavadeiras derrubaram a
casa em que ele foi encontrado.
Ao menos dez palestinos ficaram feridos após uma explosão
que atingiu um táxi e um microônibus em Jenin. Fontes médicas
disseram que provavelmente um
dos veículos passou sobre uma
mina terrestre colocada por palestinos contra militares de Israel.
Com agências internacionais
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