DE NOVA YORK

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse ontem que os ataques à Embaixada do Brasil em Honduras com bombas de gás não identificado atingiram apenas parte dos ocupantes e aliados do presidente deposto Manuel Zelaya.
Segundo o chanceler brasileiro, foram enviados médicos à sede da representação diplomática do Brasil em Tegucigalpa, e não há sinais de feridos graves. Ele disse não ter como saber se a ação foi planejada.
Questionado, negou que as bombas pudessem ter sido lançadas por manifestantes. "Não tem nenhum manifestante que poderia chegar lá perto. Se os jornalistas não conseguiram..."
Segundo Amorim, o próximo passo agora é a chegada de uma missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) a Honduras, com a presença do secretário-geral da instituição, José Miguel Insulza. O embaixador brasileiro Ruy Casaes deverá acompanhar a missão.
Casaes afirmou que a pressão da comunidade internacional deve atingir os candidatos à Presidência de Honduras. Caso o país realize eleições em novembro conduzidas pelo governo de Roberto Micheletti, elas não deverão ser reconhecidas.
Amorim disse que tem falado com frequência com Zelaya. Ele tem insistido na volta ao poder por meios pacíficos. (JL)

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