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SAIBA MAIS
Guerra já matou mais de 50 mil, segundo ONGs
MÁRCIO SENNE DE MORAES
DA REDAÇÃO
O segundo conflito na república caucasiana da Tchetchênia entre rebeldes independentistas e soldados russos teve início em outubro de 1999 e, por
conta da brutalidade de ambos
os lados, já matou cerca de
5.000 militares russos e mais de
50 mil tchetchenos, boa parte
civil, segundo organizações de
defesa dos direitos humanos.
Em 1996, as Forças Armadas
da Rússia deixaram a Tchetchênia humilhadas. Afinal, durante o primeiro conflito na região, entre 1994 e 1996, a administração do então presidente,
Boris Ieltsin, não conseguiu debelar a insurgência e foi obrigada a aceitar um acordo de paz que, na prática, dava grande
autonomia à Tchetchênia.
Porém, em 1999, após uma
série de atentados na Rússia
(cuja autoria ainda não foi descoberta) e a invasão da república vizinha do Daguestão por
rebeldes tchetchenos, o premiê
Vladimir Putin ordenou o início da segunda ofensiva militar
contra os insurgentes. Sua determinação contra os tchetchenos contribuiu para sua eleição
à Presidência, em 2000.
Em três anos de enfrentamentos cruéis, nos quais ambas as partes cometem graves
violações aos direitos humanos, segundo fontes independentes, Moscou não consegue
ter um verdadeiro controle da
situação na república, cuja infra-estrutura produtiva foi totalmente devastada.
Os combates também destruíram a indústria petrolífera
da região, uma das raras fontes
de renda da população. Esta era
estimada em 1,2 milhão de pessoas antes do segundo conflito,
mas já há mais de 300 mil refugiados desde então.
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