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GUERRA À VISTA
Em encontro com Jiang Zemin, presidente rechaça resolução leve
Bush atacará Iraque até sem a ONU
DA REDAÇÃO
Endurecendo seu discurso,
apesar do clima diplomático do
encontro no Texas com o presidente chinês, Jiang Zemin, o presidente George Bush anunciou
que rechaçará qualquer resolução
que o impeça de iniciar uma ação
militar para desarmar o Iraque.
"Não aceitaremos uma resolução que nos impeça de fazer exatamente o que anunciamos ao povo americano: se a ONU não quiser intervir e se Saddam [Hussein,
ditador iraquiano] não quiser se
desarmar, encabeçaremos uma
coalizão para desarmá-lo", disse.
Bush pediu ao presidente chinês
que apóie a aprovação de uma resolução mais dura das Nações
Unidas contra o Iraque.
"A China quer que o Iraque
cumpra de modo estrito todas as
resoluções da ONU", afirmou
Bush, sem porém indicar qual a
posição dos chineses em relação à
nova proposta de resolução prevendo uma operação militar.
Coréia do Norte
Apesar de nenhuma declaração
mais objetiva de Jiang indicar que
a China apoiará os EUA no Conselho de Segurança da ONU, ao
menos uma posição conjunta foi
alcançada no encontro: ambos fizeram votos de uma península
coreana sem armas nucleares.
A China é considerada a maior
aliada da Coréia do Norte, país
que reconheceu ter um programa
secreto de desenvolvimento de
armas nucleares, o que é proibido
por um tratado assinado por
Pyongyang em 1994 com os EUA.
O presidente chinês afirmou
que não sabia do programa nuclear norte-coreano. "Estávamos
completamente no escuro", disse
Jiang Zemin.
Bush anunciou que o vice-presidente americano, Dick Cheney,
vai visitar Pequim até meados do
ano que vem, continuando uma
ofensiva diplomática para a "manutenção da paz e da estabilidade
no noroeste da Ásia".
A Chancelaria da Coréia do
Norte propôs que Pyongyang e
Washington assinem um tratado
de não-agressão como forma de
reiniciar as negociações entre os
dois países.
"Vamos sempre preferir as negociações", disse o embaixador
da Coréia do Norte nas Nações
Unidas, Pak Gil-yon.
Washington ainda não anunciou se continuará a fornecer aos
norte-coreanos as 500 mil toneladas de petróleo anuais previstas
no tratado de desarmamento de
1994.
Com agências internacionais
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