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Países têm 25 acordos bilaterais; maioria, na área social, não deve ser afetada por crise
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Brasil e Equador têm 25 atos
bilaterais firmados entre si desde a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto em 2003. Desses pactos, 12
foram assinados também por
Rafael Correa, que assumiu o
cargo em 2007.
Os atos bilaterais envolvem
11 diferentes temas, sendo saúde o principal deles, assunto de
oito documentos. Agricultura
vem em segundo lugar, com
quatro projetos, e a área social
responde por três iniciativas.
São estes os acordos com menor chance de interrupção devido à crise diplomática, na
avaliação do Itamaraty, pois
suspender este tipo de cooperação prejudicaria diretamente
o povo equatoriano.
A maioria deles envolve capacitação e troca de experiências entre profissionais do Brasil e do Equador sobre diferentes temas: bancos de leite materno, plantação de sementes
para biocombustíveis, uso de
cartão magnético em programas de transferência de renda.
Além desses acordos já em
andamento, os dois governos
mantinham 13 negociações para fechar parcerias em diferentes áreas. Desde um pacto de
inteligência entre as forças aéreas dos dois países a um memorando sobre normas técnicas com o Inmetro.
Muitos dos projetos e acordos seguem uma mesma linha:
"exportar" conhecimento brasileiro para o Equador. Outros
revelam necessidades dos dois
países, como acordos para
transferência de presos, promoção de comércio e acordo
entre as duas empresas de correios dos países.
O grande número de tratos
entre os dois países indica não
apenas a ênfase da política externa de Lula na integração da
América do Sul, como também
o empenho de Correa na cooperação com outros países.
O último ato bilateral firmado entre os dois países é um
bom parâmetro sobre o tipo de
cooperação que desenvolvem.
Assinado em abril de 2007, o
texto estabelece métodos de o
Brasil apoiar "o fortalecimento
do processo de planejamento,
formulação, aprovação e avaliação das prioridades do governo
equatoriano".
Um dos projetos mais ambiciosos entre os dois países é o
Manta-Manaus, que visa ligar a
cidade portuária equatoriana à
capital do Amazonas e prevê a
construção de estradas, pontes,
portos e vias fluviais. Em outubro, Brasília suspendeu missão
técnica comandada pelo ministro dos Transportes, Alfredo
Nascimento, a Quito para tratar do tema, em represália à
rescisão dos contratos da Odebrecht no Equador.
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