|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Avião sofre tentativa de atentado nos EUA
Responsável é nigeriano com laços com a organização terrorista Al Qaeda, segundo congressista americano
DA REDAÇÃO
O governo dos EUA disse ontem acreditar que o incidente
envolvendo a detonação de um
pequeno artefato em um avião
comercial, quando este se preparava para aterrissar em Detroit proveniente de Amsterdã
(Holanda), foi uma tentativa de
atentado terrorista.
Segundo funcionários do governo, o suposto terrorista foi
detido logo depois do pouso da
aeronave e afirmou à polícia em
interrogatório ter tentado detonar o explosivo no Airbus
A330, que fazia o voo 253 da
Delta-Northwest Airlines, sob
as instruções da Al Qaeda.
Ainda de acordo com os funcionários, o suspeito tentou explodir o avião, mas foi impedido por outros passageiros.
A informação de que a Casa
Branca acredita tratar-se de
uma tentativa de ataque terrorista não foi anunciada oficialmente, mas teve a confirmação
de fontes do governo, que foram entrevistadas por agências
de notícias sob anonimato.
O presidente dos EUA, Barack Obama, que chegara ontem a Honolulu (Havaí) para o
início das férias, foi "notificado" do ocorrido, está "monitorando de perto" a situação com
atualizações periódicas das investigações e, após teleconferência com seu principal conselheiro de contraterrorismo,
John Brennan, pediu alerta redobrado nos voos no país.
O representante (deputado)
republicano Peter King, que integra a Comissão de Segurança
Doméstica da Câmara dos Representantes, identificou o autor da detonação como o nigeriano Abdul Mudallad, 23, que
teria embarcado no avião antes
da chegada a Amsterdã. King
não revelou, porém, como obteve a identidade do suspeito.
Em entrevista à TV CNN,
King, disse que o suposto autor
da tentativa de atentado "apareceu em bancos de dados como possuindo conexões terroristas". "O meu entendimento é
que ele possui ligação com a Al
Qaeda, certamente com conexões extremistas. O nome apareceu muito rápido na pesquisa
dos serviços de inteligência."
Inicialmente, havia sido noticiada uma explosão de pequeno porte decorrente da tentativa, por um passageiro, de acender fogos de artifício. Mais tarde, porém, novos relatos indicaram a tentativa frustrada de
detonação de um artefato explosivo ainda não identificado.
Segundo o passageiro Syed
Jafri, americano que regressava dos Emirados Árabes Unidos, o incidente ocorreu durante a preparação para a aterrissagem do do avião, que transportava 278 pessoas no trecho
Amsterdã-Detroit. Ele disde
ter notado um clarão e um cheiro de fumaça logo à sua frente.
Então, ainda segundo Jafri,
"um jovem atrás de mim pulou
[sobre o suposto terrorista]".
"Só o que se viu depois foi muito pânico", disse o passageiro.
Segundo a companhia aérea,
dois passageiros foram levados
para o hospital com pequenos
ferimentos. E um porta-voz do
Centro Médico da Universidade de Michigan disse que um
passageiro havia sido levado
para lá, sem prover detalhes.
À TV Fox News King disse
que, "quando detonou [o explosivo], ele mesmo acabou se ferindo. Ele tem queimadura de
terceiro grau. Parece ser algo
diferente do que temos visto".
Segundo King, o artefato era
"razoavelmente sofisticado".
O avião foi transferido para
área afastada no aeroporto metropolitano de Detroit, onde estava sendo revistado pelo FBI
até o fechamento da edição.
A Secretaria de Segurança
Doméstica emitiu um comunicado dizendo que "os passageiros [dos demais voos] podem
perceber medidas adicionais
sendo colocadas em prática".
Com "New York Times" e agências internacionais
Texto Anterior: Após agressão, Bento 16 prega "generosidade" Próximo Texto: Afeganistão: Taleban divulga imagens de soldado americano capturado Índice
|