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ORIENTE MÉDIO
Premiê apresenta o novo governo hoje no Parlamento israelense
Sharon afasta "Bibi" da Chancelaria
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Ariel Sharon, afastou Binyamin "Bibi" Netanyahu, seu principal rival dentro do Likud, do cargo de ministro das Relações Exteriores, considerado o segundo mais importante posto no governo israelense.
Netanyahu será substituído pelo atual ministro das Finanças, Silvan Shalon, 45, com pouca experiência diplomática, mas com a
ambição de suceder Sharon, 75,
na liderança do Likud.
O primeiro-ministro convidou
Netanyahu para assumir a pasta
das Finanças, com importância
inferior. Netanyahu, que foi premiê de Israel entre 1996 e 99, estava relutante em aceitar a proposta
e impôs condições para assumir o
cargo, como a exigência de atuar
como vice-premiê. No ano passado, os dois disputaram as primárias pela liderança do Likud.
A saída de Netanyahu da Chancelaria é uma das mudanças no
novo gabinete de Sharon, que será
apresentado hoje ao Knesset
(Parlamento), após a ampla vitória do Likud (centro-direita), nas
eleições parlamentares de janeiro.
Shaul Mofaz será mantido no
cargo de ministro da Defesa.
O premiê terá o apoio de 68 dos
120 parlamentares. Ontem a
União Nacional, partido de extrema direita, anunciou que integrará a coalizão de governo. O partido possui sete cadeiras no Knesset
e é contra a criação de um Estado
palestino. Alguns de seus membros defendem até mesmo a expulsão dos palestinos da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Os outros partidos da coalizão,
além do Likud, que tem 40 cadeiras, são o Shinui, que é contra a
influência dos religiosos na política israelense, com 15 representantes, e o Partido Nacional Religioso, com seis cadeiras, que representa colonos israelenses dos territórios palestinos ocupados.
A perspectiva de avanço no processo de paz com a nova coalizão
é considerada bastante reduzida,
segundo analistas.
A única coisa que poderia ajudar a esquentar um pouco as negociações de paz seria o presidente da ANP (Autoridade Nacional
Palestina), Iasser Arafat, aceitar a
criação do cargo de primeiro-ministro com amplos poderes. Ele
concordou, relutantemente, no
início do mês, com a criação do
novo cargo. A tendência é que ele
limite os poderes desse premiê ou
então indique alguém de pouca
expressão.
A decisão final da criação do
cargo de primeiro-ministro e suas
funções caberá aos 88 membros
do Parlamento palestino.
Com agências internacionais
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