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Milhares de manifestantes sírios incendiaram um prédio do partido Baath, do ditador Bashar Assad, na cidade de Tafas, ontem.
Os atos acompanharam o funeral de um dos manifestantes mortos na sexta-feira em Deraa, palco dos conflitos recentes na Síria.
Mesquitas anunciaram por toda a cidade os nomes dos mártires. Centenas se reuniram na praça central protestando por liberdade.
Testemunhas narram que cartazes traziam frases pedindo a derrubada de Assad, ecoando os movimentos que tomaram países da região.
O ato foi dispersado com gás lacrimogêneo pelas forças de segurança do país.
Houve incêndios também na costeira Latakia, segundo ativistas que ainda apontam a morte de três pessoas por tiros de origem indefinida. Boatos dão conta de que seriam novamente franco-atiradores a serviço do governo, a exemplo do que teria acontecido na quarta, em Deraa.

POLÍTICA
Procurando aplacar a situação, o regime libertou 260 presos que já tinham completado ao menos três quartos de suas sentenças. Na quinta, ele já havia prometido ampliar liberdades políticas, combater a corrupção e aumentar salários.
A crise é a mais grave enfrentada por Assad desde a posse, há 11 anos. Sua família comanda a Síria desde 1971.
A Anistia Internacional estima que 55 tenham sido mortos nos últimos dias.
Os relatos são imprecisos porque o regime impede o trabalho da imprensa.


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