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ARGENTINA
Há 696 legendas no país
Crise levou à criação de 122 novos partidos
CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES
A decepção dos argentinos com
os políticos durante o colapso político, econômico e social dos
anos 2001 e 2002 levou à criação
de 122 novos partidos políticos só
no ano passado.
Diferentemente da lei eleitoral
brasileira, a Argentina permite a
criação de siglas regionais. Atualmente, o país possui 696 partidos,
dos quais 41 são nacionais e 655,
regionais. Os dados, publicados
ontem pelo jornal "La Nación",
são da Câmara Nacional Eleitoral.
A proliferação de novas agremiações foi permitida depois da
sanção de uma lei, em junho de
2002, que revogou uma cláusula
que estabelecia a extinção imediata de partidos que não alcançassem pelo menos 2% dos votos em
duas eleições consecutivas.
A lei foi aprovada como uma
resposta ao descontentamento
popular manifestado em diversos
protestos de rua, logo após a renúncia do presidente Fernando
de la Rúa, em dezembro de 2001.
Segundo o "La Nación", muitos
partidos floresceram ao amparo
de uma outra lei, aprovada em
2002, que permitiu o financiamento público de legendas que
participem das eleições nacionais.
No Brasil, os partidos não recebem ajuda financeira do Estado
para as campanhas. Atualmente
há 17 legendas brasileiras reconhecidas pela Justiça Eleitoral e 15
partidos representados no Congresso Nacional.
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