São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2004

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ARGENTINA

Há 696 legendas no país

Crise levou à criação de 122 novos partidos

CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES

A decepção dos argentinos com os políticos durante o colapso político, econômico e social dos anos 2001 e 2002 levou à criação de 122 novos partidos políticos só no ano passado.
Diferentemente da lei eleitoral brasileira, a Argentina permite a criação de siglas regionais. Atualmente, o país possui 696 partidos, dos quais 41 são nacionais e 655, regionais. Os dados, publicados ontem pelo jornal "La Nación", são da Câmara Nacional Eleitoral.
A proliferação de novas agremiações foi permitida depois da sanção de uma lei, em junho de 2002, que revogou uma cláusula que estabelecia a extinção imediata de partidos que não alcançassem pelo menos 2% dos votos em duas eleições consecutivas.
A lei foi aprovada como uma resposta ao descontentamento popular manifestado em diversos protestos de rua, logo após a renúncia do presidente Fernando de la Rúa, em dezembro de 2001.
Segundo o "La Nación", muitos partidos floresceram ao amparo de uma outra lei, aprovada em 2002, que permitiu o financiamento público de legendas que participem das eleições nacionais.
No Brasil, os partidos não recebem ajuda financeira do Estado para as campanhas. Atualmente há 17 legendas brasileiras reconhecidas pela Justiça Eleitoral e 15 partidos representados no Congresso Nacional.


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