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NUCLEAR
Agência Internacional de Energia Atômica não envia, porém, a questão ao Conselho de Segurança, que poderia impor sanções
Agência da ONU ataca Irã por esconder programa nuclear
DA REDAÇÃO
A Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA), que faz
parte do sistema da ONU, condenou ontem o Irã por esconder boa
parte de seu programa de energia
nuclear da comunidade internacional durante 18 anos e afirmou
que futuras violações do gênero
não serão toleradas.
A AIEA não chegou, porém, a
enviar a questão ao Conselho de
Segurança da ONU, que poderia
impor sanções ao Irã. Mas especialistas crêem que Teerã tenha
outros segredos relacionados a
seu programa nuclear, podendo
ser alvo do órgão no futuro.
A AIEA adotou uma resolução
que "deplora fortemente" o fato
de o Irã ter escondido um programa que inclui o enriquecimento
de urânio e o reprocessamento de
plutônio -ambos poderiam fazer parte de um programa de armas nucleares.
Mas a resolução, que só foi adotada após uma semana de negociações -das quais participaram
a França, a Alemanha, o Reino
Unido e os EUA-, também saúda a recente intenção iraniana de
cooperar com a AIEA.
Em janeiro de 2002, o presidente George W. Bush incluiu o Irã,
ao lado do Iraque do ex-ditador
Saddam Hussein e da Coréia do
Norte, no que chamou de "eixo
do mal". Washington acredita
que Teerã use seu programa de
energia nuclear para, na verdade,
buscar desenvolver armas de destruição em massa.
Teerã diz que seu programa visa
apenas produzir energia, apesar
de o país ter enormes reservas de
petróleo.
O egípcio Mohamed El Baradei,
chefe da AIEA, disse, em entrevista coletiva em Viena, ter ficado
contente com a resolução, mas
acrescentou: "Está claro que a
agência está enviando uma mensagem muito séria ao Irã, que agora sabe que futuras violações não
serão toleradas".
Para Teerã, a adoção da resolução foi uma vitória para o país.
"Essa resolução provou que o Irã
manteve suas atividades nucleares com transparência e com exatidão", afirmou o porta-voz da
Chancelaria iraniana, Hamid Reza Asefi.
Segundo analistas, Washington
discorda dessa interpretação. O
governo americano queria que a
resolução adotada pela AIEA fosse mais dura.
Com agências internacionais
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