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Cuba quer investir
US$ 130 mi para dar
apoio a setor privado
Medida sucede criação de novas licenças e o anúncio de corte de 500 mil funcionários
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Cuba vai importar em 2011
US$ 130 milhões em matérias-primas e equipamentos
para apoiar a expansão do
setor privado, afirmou ontem
a imprensa estatal, numa intensificação das reformas
econômicas de Raúl Castro.
A medida se soma às 250
mil licenças para pequenos
negócios privados emitidas
desde outubro a fim de absorver parte dos 500 mil funcionários públicos que serão
demitidos até março para reduzir a máquina do Estado.
Mas Havana, que monopoliza as importações, advertiu
que a precária situação econômica não vai lhes permitir
criar um mercado atacadista
de insumos no curto prazo.
"O país destinará US$ 130
milhões para importação de
recursos destinados a assegurar trabalho por conta própria", afirmou o jornal oficial
"Granma". "Trata-se de garantir que a obtenção [de insumos] não seja um obstáculo para o trabalho por conta."
Cuba, que depende fortemente das importações, tem
se esforçado para reduzir nos
últimos anos o deficit comercial. Mas o abastecimento é
crucial ao êxito das reformas.
O "Granma" disse que US$
36 milhões dos US$ 130 milhões serão destinados à importação de alimentos para
novos cafés e pequenos restaurantes. Mas o plano inclui
também ferramentas e equipamentos como congeladores, cafeteiras, batedeiras e
máquinas para fazer suco.
Cuba autorizou em outubro a abertura de pequenos
negócios em 178 atividades,
para que ajudem a absorver
as 500 mil pessoas que perderão os empregos no processo de corte de "quadros".
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