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Brasil descuida do tema da coca, afirmam EUA
DO ENVIADO AO CHAPARE
Os EUA avaliam que o Brasil e outros países da região
que recebem a cocaína boliviana, como Argentina e Chile, negligenciam as políticas
do governo Evo Morales para
o plantio de coca, embora
mantenham uma colaboração policial com a Bolívia.
"Todos os países da região
trabalham bem em temas ligados à apreensão e cooperação policial. O ponto em que
temos um problema é ao lidar com as políticas de Morales sobre o plantio de coca", disse à Folha um alto
funcionário da Embaixada
dos EUA na Bolívia.
"Os EUA gostariam de ver
mais esforços coordenados
não apenas com o Brasil mas
também com outros países
no tema de crescimento da
coca. Não podemos, na nossa
visão, divorciar a coca do
narcotráfico", acrescentou.
O Itamaraty não emitiu
até agora nenhuma nota sobre anúncios recentes do governo Evo Morales para estímulo da produção e comercialização da coca. Segundo
sua assessoria de imprensa,
o Brasil prioriza a cooperação em programas agrícolas,
como palmito e frutas tropicais, nas regiões cocaleiras.
Na Embaixada do Brasil
em La Paz, porém, o setor de
cooperação técnica ficou
sem titular em 2006 por falta de pessoal: a representação brasileira funcionou
com apenas quatro diplomatas durante a maior parte do
tumultuado ano passado. Só
recentemente recebeu um
reforço de sete diplomatas.
Há oito meses, o Brasil pediu autorização para ter um
adido da PF em La Paz, mas a
Bolívia até agora não respondeu à solicitação.
Já os EUA empregam cerca de 260 pessoas no combate à cocaína na Bolívia, entre
os quais diplomatas e funcionários do DEA (agência americana antidrogas).
(FM)
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