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Taleban se beneficia de governo fraco
DA REDAÇÃO
As poucas semanas que os
EUA e seus aliados levaram
para derrubar o Taleban do
poder no Afeganistão, após
invadirem o país, em 2001,
podem ter dado a impressão
de que a vitória seria definitiva. Mas essa ilusão se foi, e
hoje o presidente Bush está
pressionando os países-membros da Otan (aliança
militar ocidental) para que o
ajudem a conter o avanço da
milícia radical islâmica.
Quando começaram a
bombardear o Afeganistão,
atrás do terrorista saudita
Osama bin Laden e de outros
membros da Al Qaeda que tinham abrigo do Taleban, os
EUA usaram as divisões internas do país a seu favor.
Uma liga de líderes tribais
ajudou na deposição do Taleban, que controlava a maior
parte do país desde 1996.
Mas o fato de haver no Afeganistão vários focos de poder independentes, representados por tribos e grupos
armados distintos, muitos
dos quais envolvidos em tráfico de ópio, hoje joga contra
os interesses americanos.
Essa fragmentação faz
com que o governo central,
instalado em 2004 por meio
de eleições incentivadas pelos EUA, seja fraco. Além disso, o governo do presidente
Karzai tem perdido a simpatia de líderes locais com medidas como o combate ao
cultivo do ópio.
Como conseqüência, o Taleban conseguiu reagrupar
milicianos a partir de 2003 e
passou recentemente a expandir seu poder no sul do
país, combatendo as forças
da Otan -que contam com
cerca de 32,8 mil homens ali.
Só neste ano, mais de 3.700
pessoas morreram.
A fim de impedir que o Taleban ganhe mais território,
e enfrentando dificuldades
na tentativa de conter a violência sectária no Iraque,
Bush começou a exigir apoio
logístico maior dos países da
Otan na luta contra a milícia.
Ele obteve sucesso com o
Reino Unido, que vai mandar
1.400 homens -que se juntarão aos 7.700 já lá- e com a
Itália, que manterá lá seus
1.900 militares.
O próprio Bush ordenou
que 3.000 homens se juntem
à força americana no Afeganistão, com 14 mil soldados.
Com agências internacionais e
o "Financial Times"
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