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Cúpula no Iraque reunirá EUA, Irã e Síria
Casa Branca muda tom e Condoleeza Rice diz que estabilização iraquiana depende do apoio de vizinhos
DA REDAÇÃO
No que classificou como "nova ofensiva diplomática", a secretária de Estado americana,
Condoleeza Rice, anunciou ontem que os EUA participarão,
ao lado de Irã e Síria, de uma
conferência internacional convocada pelo governo do Iraque
para discutir a estabilização do
país e conter a escalada da violência sectária.
É uma inflexão na política da
Casa Branca para o Iraque. Até
então, os EUA se opunham a
conversar com iranianos e sírios sobre o tema e nas últimas
semanas intensificaram as acusações de que o Irã estaria municiando a insurgência iraquiana. No caso da Síria, acusam o
país de facilitar a fuga e abrigar
militantes da Al Qaeda.
"Tenho o prazer de anunciar
que nós também estamos
apoiando os iraquianos em
uma nova ofensiva diplomática
para ter mais apoio, na região e
fora dela, para alcançar a paz e a
prosperidade no Iraque", disse
Rice ontem, em declarações
distribuídas pelo Departamento de Estado.
"Quero ressaltar que o governo iraquiano convidou Irã e Síria para a reunião", afirmou. Rice disse que Iraque e EUA concordam que a estabilização do
país passa "pelo apoio positivo
dos vizinhos", que devem
"aproveitar essa oportunidade"
para estreitar laços.
A conferência convocada pelo governo iraquiano, prevista
para ocorrer em meados de
março, deve ter, além dos EUA,
representantes do Reino Unido
-os demais integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU foram convidados. Segundo Rice, nova reunião, em abril, também contará
com representantes do G-8.
Ontem, segundo a polícia iraquiana e a TV local, um carro-bomba explodiu próximo a
campo de futebol em Ramadi
(110 km a oeste de Bagdá) matando 18 pessoas, a maioria
crianças. As forças americanas
no Iraque não confirmam.
Com agências internacionais
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