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AÇÃO MILITAR
Com sul bloqueado, aviões levam tanques e helicópteros para formar nova frente de ataque
EUA descarregam arsenal no norte
DA REDAÇÃO
Depois de efetuarem anteontem o primeiro grande deslocamento de tropas no norte do Iraque, com o lançamento de 1.000
pára-quedistas, os EUA começaram a fortalecer posições na nova
frente de ataque contra Bagdá. O
avanço à capital pelo sul continua
lento, devido à intensa resistência
dos soldados iraquianos.
Aviões C-130 iniciaram ontem
desembarques de arsenal americano, ao mesmo tempo em que
mais 200 soldados, originários de
bases na Itália, chegaram ao norte, segundo informações do Pentágono. Até então, as operações dos EUA na região limitavam-se a
bombardeios diários contra posições supostamente ocupadas pelos soldados fiéis a Saddam, em cidades como Mossul e Kirkuk, e
à atuação de forças especiais.
Os bombardeios não cessaram,
pelo contrário: um deles, ontem,
em Mossul, teria deixado 50 vítimas civis, segundo a TV Al Jazeera. Mas agora cargueiros desembarcam tanques M1A1 Abrams,
veículos de combate e helicópteros, de acordo com o "New York
Times". A missão dos pára-quedistas da 173ª Brigada Aerotransportada seria "limpar o caminho"
para as tropas que chegariam nas
próximas semanas.
Fontes do Departamento da Defesa informaram que os EUA pretendem ter em abril 200 mil de
seus soldados em território iraquiano. Hoje o governo americano mantém 250 mil homens no
golfo Pérsico, mas não mais que
100 mil dentro do Iraque.
Esses soldados entrariam no
Iraque pelo Kuait, incluindo a 4ª
Divisão de Infantaria, vinda do
Texas, a 1ª Divisão Blindada, vinda da Alemanha, e o 2º Regimento de Cavalaria, do Colorado.
O ministro da Defesa do Iraque,
Sultan Hashem Ahmed, disse que
a coalizão anglo-americana "está
tentando abrir um front no norte
para diminuir a pressão [da resistência] em outras regiões". E advertiu os curdos a não se aliarem
as tropas invasoras. "Espero que
nossos irmãos [os curdos] não tomem a condição de traidores para
que não fiquem registrados na
história como traidores."
Segundo relatos da Reuters, forças curdas cruzaram os limites de
sua região e o restante do país e
tomaram postos antes ocupados
pelos iraquianos. O mesmo Ahmed previu que as tropas da coalizão podem cercar Bagdá entre cinco e dez dias. "Eles podem passar pela resistência. Onde irão depois? Terão que entrar na cidade.
O combate será travado nas ruas.
E venceremos em dois meses."
Trinta e sete marines ficaram feridos (três deles em estado crítico)
ao sul de Nassiriah, depois que
um quartel de comando dessas
tropas foi bombardeado pelas
próprias unidades americanas,
segundo informações de oficiais
dos EUA. O "fogo amigo" teria
ocorrido em meio a combates
com forças iraquianas na região.
Em Basra, os britânicos anunciaram a destruição de 14 tanques
iraquianos na suposta tentativa
de uma coluna, com até 120 veículos, de sair da cidade furando o
cerco feito pela coalizão.
A capital Bagdá foi alvo de fortíssimos ataques. Segundo o governo, até ontem eram mais de 350 civis mortos e 3.650 civis feridos. A coalizão confirmava a
morte de 44 de seus soldados.
Com agências internacionais
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