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Civis deixam Basra em
busca de água e comida
DAVID FOX
DA REUTERS, EM BASRA
Três grandes colunas de fumaça
cobriam Basra ontem, enquanto
milhares de civis cansados e com
sede deixavam a cidade cercada
no sul do Iraque em busca de
abrigo, comida e água.
O comando britânico disse que
destruiu 14 tanques iraquianos do
comboio que tentou deixar a cidade ontem -os demais veículos, até 120, teriam dispersado.
"É tiro o tempo todo", disse Maklim Mohammed, ao cruzar a
principal ponte de Basra rumo ao
sul. "Não posso mais aguentar.
Estou nervoso, estou com sede",
acrescentou o iraquiano.
Militares de britânicos que estão
em tanques fazendo a guarda da
ponte afirmaram que o fluxo de
civis deixando a cidade era constante desde o nascer do sol.
Muitos estavam partindo a pé
com seus pertences em busca de
abrigo com amigos ou parentes
em Azubayr, cerca de 20 km ao
sul de Basra. A maioria era composta de homens que diziam que,
quando encontrassem comida e
água, iriam retornar para abastecer suas famílias.
A ONU se disse alarmada com a
crise humanitária em Basra, onde
os serviços de abastecimento de
água e de energia foram cortados
há alguns dias. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou
ter conseguido restabelecer parte
do fornecimento de água. Mas os
moradores da cidade contaram
ser difícil encontrar.
Na principal ponte de acesso a
Basra, cerca de 150 homens se
sentaram e cortaram a via após
um tanque impedi-los de entrar
na cidade. "Por que você está
aqui? Isto é Iraque", disse a um
militar britânico um homem idoso, com um forte sotaque em inglês, após ser impedido de passar.
"Você deve ir embora", disse
um jovem comandante do tanque. "É para o seu bem."
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