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EUA detém iraquiano que monitorava armas
DA REDAÇÃO
As forças americanas no Iraque
anunciaram ontem a prisão do tenente-general Hossam Mohammed Amin, que dirigiu por mais
de uma década o Monitoramento
Nacional Iraquiano e principal
mediador iraquiano com a equipe
de inspetores de armas da ONU.
Amin figura no 49º lugar da lista
dos 55 iraquianos mais procurados pelos EUA e ilustra a carta do
seis de paus no baralho distribuído pelo Departamento de Defesa
dos EUA que identifica essa lista.
Segundo o Comando Central
americano (CCA) no Kuait, o general era uma das poucas autoridades iraquianas autorizadas a se
pronunciar sobre o arsenal do
país e é visto como próximo do filho mais novo de Saddam, Qusay.
Sua prisão gerou expectativas
de que se encontrem as primeiras
provas do suposto programa de
armas de destruição em massa,
usado como justificativa para invadir o Iraque, em 20 de março.
Tonéis suspeitos
Ontem, a coalizão anunciou ter
achado perto de Baiji (norte) 12
tambores com capacidade de 200
litros possivelmente cheios de gás
mostarda e do agente nervoso ciclo-sarin, uma variante do gás sarin que provoca convulsões, paralisia e pode matar.
Segundo o tenente-coronel Ted
Martin, do 10º Regimento da Cavalaria, os tambores foram encontrados na sexta-feira, e, em
testes preliminares conduzidos
com equipamentos do Exército
no local, deram resultado positivo
para o ciclo-sarin. Outros testes
serão feitos em laboratório com o
mesmo material e com o suposto
gás mostarda, um agente que provoca queimaduras na pele.
Segundo informou ontem o jornal americano "The New York Times", após sucessivos alarmes falsos e a demora em encontrar evidências das armas de destruição
em massa, o governo americano
planeja enviar ao Iraque novas
equipes de busca e cientistas para
achar as supostas armas.
Também segundo o jornal, Nissar Hindawi, um cientista iraquiano que teria trabalhado no suposto programa nos anos 1980, teria
admitido que as autoridades de
seu país mentiram a inspetores da
ONU sobre as armas.
Com agências internacionais
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