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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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EUA detém iraquiano que monitorava armas

DA REDAÇÃO

As forças americanas no Iraque anunciaram ontem a prisão do tenente-general Hossam Mohammed Amin, que dirigiu por mais de uma década o Monitoramento Nacional Iraquiano e principal mediador iraquiano com a equipe de inspetores de armas da ONU.
Amin figura no 49º lugar da lista dos 55 iraquianos mais procurados pelos EUA e ilustra a carta do seis de paus no baralho distribuído pelo Departamento de Defesa dos EUA que identifica essa lista.
Segundo o Comando Central americano (CCA) no Kuait, o general era uma das poucas autoridades iraquianas autorizadas a se pronunciar sobre o arsenal do país e é visto como próximo do filho mais novo de Saddam, Qusay.
Sua prisão gerou expectativas de que se encontrem as primeiras provas do suposto programa de armas de destruição em massa, usado como justificativa para invadir o Iraque, em 20 de março.

Tonéis suspeitos
Ontem, a coalizão anunciou ter achado perto de Baiji (norte) 12 tambores com capacidade de 200 litros possivelmente cheios de gás mostarda e do agente nervoso ciclo-sarin, uma variante do gás sarin que provoca convulsões, paralisia e pode matar.
Segundo o tenente-coronel Ted Martin, do 10º Regimento da Cavalaria, os tambores foram encontrados na sexta-feira, e, em testes preliminares conduzidos com equipamentos do Exército no local, deram resultado positivo para o ciclo-sarin. Outros testes serão feitos em laboratório com o mesmo material e com o suposto gás mostarda, um agente que provoca queimaduras na pele.
Segundo informou ontem o jornal americano "The New York Times", após sucessivos alarmes falsos e a demora em encontrar evidências das armas de destruição em massa, o governo americano planeja enviar ao Iraque novas equipes de busca e cientistas para achar as supostas armas.
Também segundo o jornal, Nissar Hindawi, um cientista iraquiano que teria trabalhado no suposto programa nos anos 1980, teria admitido que as autoridades de seu país mentiram a inspetores da ONU sobre as armas.


Com agências internacionais


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