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Governo interino pode sair em maio, diz ONU
DA REDAÇÃO
Apesar da violência, é possível
que o governo interino do Iraque
seja escolhido até o fim de maio,
disse ontem ao Conselho de Segurança da ONU o enviado da entidade ao país, Lakhdar Brahimi.
Brahimi apresentou formalmente sua proposta, que prevê
que "iraquianos proeminentes",
nomeados pela ONU, assumam o
controle do país quando a Autoridade Provisória de Coalizão for
extinta, em 30 de junho. "Embora
não seja fácil, creio ser possível
identificar, até o fim de maio, um
grupo de pessoas respeitadas e
aceitas pelos iraquianos para formar esse governo", disse.
O gabinete deve contar com um
premiê, um presidente e dois vices. Até agora, entretanto, não se
sabe como eles serão escolhidos.
Visando um maior apoio internacional, os EUA acataram a proposta, mas defendem que a soberania iraquiana seja limitada, com
restrições sobre a criação de leis e
o controle das Forças Armadas.
"Não há alternativa senão achar
um meio de tornar o processo
[transitório] viável e crível", disse
Brahimi. "Para isso é preciso chegar a um consenso claro sobre as
relações entre o governo interino
soberano, as antigas potências
ocupantes e quaisquer forças estrangeiras que permaneçam no
país após 30 de junho", afirmou.
O argelino Brahimi sofreu críticas ao retornar aos EUA por se
manifestar contra o apoio de
Washington a Israel. "O trabalho
do sr. Brahimi não é esse", disse o
porta-voz do Departamento de
Estado, Richard Boucher.
No domingo, Brahimi dissera
que o apoio americano a Israel dificultava o trabalho no Iraque.
Dias antes, ele declarara a uma rádio francesa que a política israelense de dominação "representa
um grande veneno para a região".
Com agências internacionais
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