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Abstenção de 53,7% supera votos de Uribe
DA REDAÇÃO
A alta abstenção, de 53,7%, foi um dos aspectos negativos das
eleições presidenciais colombianas de domingo. O voto não é
obrigatório no país.
Dos 24 milhões de eleitores registrados, apenas 11.244.288 compareceram às urnas, segundo um informe que levava em conta a apuração de 98,9% do escrutínio.
Na eleição de 1998, na qual foi eleito Andrés Pastrana, a abstenção foi de 49% no primeiro turno e de 41% no segundo. Em 1994, a abstenção chegou a 66%.
"O grande vencedor dessas eleições foi a abstenção", disse o congressista Wilson Borja, dirigente do Polo Democrático, coalizão de esquerda que apoiou Luis Eduardo Garzón, terceiro lugar no pleito de domingo.
Analistas e acadêmicos dizem, entretanto, que o número de eleitores registrados pode ter sido inflado, o que significaria uma porcentagem menor de abstenção.
Ainda estariam válidas muitas identificações eleitorais de cidadãos mortos e de colombianos há muito residentes no exterior.
"O órgão eleitoral colombiano deveria atualizar o censo eleitoral
para determinar o verdadeiro potencial de eleitores", afirma o analista Alfredo Rangel.
Fernando Giraldo, da Universidade Javeriana de Bogotá, lembra
que cerca de 4 milhões de colombianos moram no exterior e outros 2 milhões estão deslocados de suas áreas de domicílio por causa da violência da guerra civil.
Com agências internacionais
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