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OPOSIÇÃO
Resposta dos venezuelanos será firme
DA REDAÇÃO
A estratégia governista é dizer
que há muitos arrependidos entre
os assinantes. Mas não acreditamos nessa hipótese. A resposta do
país será firme.
A afirmação é de Felipe Mujica,
55, presidente do partido Movimento ao Socialismo (MAS) e negociador da Coordenação Democrática (coalizão oposicionista)
no Conselho Nacional Eleitoral.
Leia a seguir seguir sua entrevista
à Folha.
(FM)
Folha - Como a oposição se preparou para revalidar as firmas?
Felipe Mujica - Montamos um
esquema em todo o país com o
objetivo de atender de forma direta cada uma das mesas para que
estejam novamente instrumentadas os mesmos lugares onde as
assinaturas haviam sido recolhidas. O primeiro passo que demos
foi em 8 de maio, quando iniciamos uma ação que consistiu em
convocar de modo maciço todas
as pessoas que haviam sido listadas para reconhecer sua situação.
Essa operação atingiu aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, que é um pouco mais da metade das assinaturas em observação. E, obviamente, havia pessoas
que vão revalidar e outras que
não. Estimamos que até sexta-feira [hoje] teremos contatado 80%
das pessoas que irão revalidar. Há
também todo um esquema de
mobilização e um dispositivo de
informação, que funcionará nos
centros de coleta de assinaturas,
apesar de ter sido informado de
que o CNE proibira esses centros.
No entanto, não será possível
evitarmos de fornecer informações aos assinantes.
Folha - Os governistas afirmam
que muitas pessoas retirarão suas
assinaturas neste fim de semana.
Mujica - Essa estratégia governista afirma que haveria uma categoria de arrependidos entre os
assinantes. Essa categoria serviu
precisamente para aplicar todos
os instrumentos de coação e
ameaças. Mas não acreditamos
que essa possibilidade terá importância. A resposta que o país dará
será firme.
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