|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GOVERNO
Aliados de Chávez agirão civicamente
DA REDAÇÃO
O governo agirá de modo cívico
durante a revalidação das assinaturas contrárias ao presidente
Hugo Chávez. A afirmação é de
Willian Lara, que representa o governo no Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Leia a seguir sua entrevista à Folha.
(FM)
Folha - Como os governistas
acompanharão a coleta de assinaturas neste fim de semana?
Willian Lara - De maneira cívica.
Quando o CNE entregou a informação com as assinaturas a serem
ratificadas, iniciamos um trabalho de casa a casa, visitando as
pessoas que aparecem como
subscritoras. Dialogando com os
cidadãos, queremos assegurar o
objetivo de anular ao menos 15%
das assinaturas. Isso significa tirar
pouco mais de 200 mil firmas.
E assim também, vamos conseguir que ao menos um terço das
assinaturas questionáveis não seja
ratificado. Isso determina, com
base numérica, que é impossível
que a oposição alcance a cifra estabelecida pela Constituição para
ativar o referendo.
Folha - Essa visita não pode ser
interpretada como coação?
Lara - De forma nenhuma. Na
ratificação [sobre deputados] da
semana passada, houve o caso
muito importante de Imad Saab
Saab, do MVR [partido de Chávez]. A oposição pediu a ratificação das assinaturas. Mas o deputado conseguiu anular 1.150 assinaturas. Só sete foram ratificadas.
O mesmo ocorrerá agora.
Há três situações com relação às
assinaturas: primeiro, pessoas
sob coação, que foram ameaçadas
de demissão caso não assinassem
contra Chávez. Segundo, há pessoas vítimas de usurpação da
identidade. Nunca assinaram,
mas alguém o fez por eles.
Terceiro, houve pessoas que assinaram conscientemente, mas os
acontecimentos posteriores à coleta trouxeram um alto grau de rejeição entre os seguidores do oposicionismo. A oposição montou
uma campanha desesperada afirmando que os que anularem a assinatura cometerão um delito.
Texto Anterior: Oposição: Resposta dos venezuelanos será firme Próximo Texto: Saúde: Fumo afeta todo o corpo, alertam EUA Índice
|