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Palmas e Manaus crescem em direção oposta
DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Apesar de ser a cidade brasileira com mais de 100 mil habitantes que mais cresceu entre
1991 e 1996, a capital do Tocantins, Palmas, conseguiu avançar no ranking dos municípios
com melhor IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano),
elaborado pela ONU -foi da
posição 1.330 para a 566 entre
1991 e 2000.
O fato de ser uma cidade planejada é apontado por especialistas como um dos fatores que
contribuíram para esse avanço.
O deslocamento de setores de
classe média alta de outros centros urbanos, atraídos pelas
oportunidades da nova capital,
também puxaram o IDH para
cima, diz Luiz Silva, professor
de arquitetura da Universidade
Federal do Tocantins.
Em Manaus, capital do Amazonas, a população cresceu
67% e o IDH despencou da posição 376 para a 1.207. Áreas de
palafitas sem água encanada,
nas margens de igarapés poluídos, contrastam com os arranha-céus habitados por uma
classe média alta abastecida
por recursos da Zona Franca.
A cidade não se preparou para receber as pessoas que se
deslocaram do interior do Estado em busca de empregos na indústria da Zona Franca, nos últimos 40 anos. Antes, a opção
de trabalho no interior era a
produção da borracha, que declinou a partir de 1910.
José Aldemir de Oliveira,
professor de geografia da Universidade Federal do Amazonas, diz que os principais problemas de Manaus são o estrangulamento da malha urbana pelo aumento de veículos,
deficiências no transporte coletivo e o déficit habitacional,
além de problemas ambientais.
(FELIPE BÄCHTOLD E KÁTIA BRASIL)
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