São Paulo, quinta-feira, 28 de junho de 2007

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Palmas e Manaus crescem em direção oposta

DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Apesar de ser a cidade brasileira com mais de 100 mil habitantes que mais cresceu entre 1991 e 1996, a capital do Tocantins, Palmas, conseguiu avançar no ranking dos municípios com melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), elaborado pela ONU -foi da posição 1.330 para a 566 entre 1991 e 2000.
O fato de ser uma cidade planejada é apontado por especialistas como um dos fatores que contribuíram para esse avanço. O deslocamento de setores de classe média alta de outros centros urbanos, atraídos pelas oportunidades da nova capital, também puxaram o IDH para cima, diz Luiz Silva, professor de arquitetura da Universidade Federal do Tocantins.
Em Manaus, capital do Amazonas, a população cresceu 67% e o IDH despencou da posição 376 para a 1.207. Áreas de palafitas sem água encanada, nas margens de igarapés poluídos, contrastam com os arranha-céus habitados por uma classe média alta abastecida por recursos da Zona Franca.
A cidade não se preparou para receber as pessoas que se deslocaram do interior do Estado em busca de empregos na indústria da Zona Franca, nos últimos 40 anos. Antes, a opção de trabalho no interior era a produção da borracha, que declinou a partir de 1910.
José Aldemir de Oliveira, professor de geografia da Universidade Federal do Amazonas, diz que os principais problemas de Manaus são o estrangulamento da malha urbana pelo aumento de veículos, deficiências no transporte coletivo e o déficit habitacional, além de problemas ambientais. (FELIPE BÄCHTOLD E KÁTIA BRASIL)


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