São Paulo, sexta-feira, 28 de agosto de 2009

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QUESTÃO TIBETANA

Visita do dalai-lama a Taiwan contraria governo da China

DA ASSOCIATED PRESS

O governo da China declarou ontem que se "opõe firmemente" à visita do dalai-lama, líder político e espiritual tibetano, a Taiwan na próxima semana. A viagem, autorizada pelo presidente taiwanês, Ma Ying-jeou, vai de encontro à recente reaproximação entre os governos de Pequim e Taipei.
Já prevendo o descontentamento chinês, Ma dissera, ao anunciar a visita, que o dalai-lama irá apenas por motivos religiosos. Segundo o governo, de segunda a quinta-feira, o líder budista rezará "pelas almas dos mortos e pelo bem-estar dos sobreviventes" do tufão Morakot, que deixou estimados 650 mortos no país este mês.
A China tem como regra se opor a visitas do dalai-lama a países aliados a ela, além de desaprovar contato do líder tibetano com autoridades governamentais. Em 1959, o dalai-lama liderou um levante para a independência da Província chinesa do Tibete e, após fracasso, teve de fugir para o exílio na Índia. Mesmo longe, ele segue militando pela autonomia do Tibete.
A autorização da viagem surpreendeu os chineses porque Taiwan não permitira a visita do dalai-lama no fim de 2008, quando ele manifestara intenção de viajar.
Na época, a decisão teve o intuito de agradar Pequim, segundo analistas, já que o atual presidente taiwanês, diferente de seu antecessor, vem buscando melhorar a litigiosa relação com a China, que considera Taiwan uma Província rebelde, autônoma desde a guerra civil de 1949.


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