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QUESTÃO TIBETANA
Visita do dalai-lama a Taiwan contraria governo da China
DA ASSOCIATED PRESS
O governo da China declarou ontem que se "opõe firmemente" à visita do dalai-lama, líder político e espiritual tibetano, a Taiwan na
próxima semana. A viagem,
autorizada pelo presidente
taiwanês, Ma Ying-jeou, vai
de encontro à recente reaproximação entre os governos de Pequim e Taipei.
Já prevendo o descontentamento chinês, Ma dissera,
ao anunciar a visita, que o dalai-lama irá apenas por motivos religiosos. Segundo o governo, de segunda a quinta-feira, o líder budista rezará
"pelas almas dos mortos e
pelo bem-estar dos sobreviventes" do tufão Morakot,
que deixou estimados 650
mortos no país este mês.
A China tem como regra se
opor a visitas do dalai-lama a
países aliados a ela, além de
desaprovar contato do líder
tibetano com autoridades
governamentais. Em 1959, o
dalai-lama liderou um levante para a independência da
Província chinesa do Tibete
e, após fracasso, teve de fugir
para o exílio na Índia. Mesmo longe, ele segue militando pela autonomia do Tibete.
A autorização da viagem
surpreendeu os chineses
porque Taiwan não permitira a visita do dalai-lama no
fim de 2008, quando ele manifestara intenção de viajar.
Na época, a decisão teve o
intuito de agradar Pequim,
segundo analistas, já que o
atual presidente taiwanês,
diferente de seu antecessor,
vem buscando melhorar a litigiosa relação com a China,
que considera Taiwan uma
Província rebelde, autônoma
desde a guerra civil de 1949.
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