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Líder liberal-democrata celebra volta ao poder
DO "FINANCIAL TIMES"
Grande vencedor das eleições alemãs de ontem, Guido
Westerwelle atingiu o objetivo
de sua vida: fazer com que o
Partido Liberal Democrata
(FDP) voltasse ao poder depois
de 11 anos no deserto político.
Westerwelle, 47, será não
apenas o primeiro vice-chanceler abertamente gay -está cotado para assumir o Ministério
das Relações Exteriores-, como seu partido deve abocanhar
mais do que os três postos de
gabinete tradicionalmente reservados ao partido minoritário numa coalizão.
O histórico de competência
econômica de seu partido em
governos anteriores fez com
que Westerwelle se tornasse
um dos poucos políticos beneficiados com a recessão alemã,
apesar de sua defesa incondicional do livre mercado.
De fato, depois de a União
Democrata-Cristã, de Angela
Merkel, ter atingido seu segundo pior resultado na história da
Alemanha pós-guerra, o fato de
a aliança conservadora-liberal
ter obtido suficientes assentos
parlamentares para formar um
governo é devido principalmente à performance do FDP
-a melhor desde a criação da
República Federal há 60 anos.
"Aceitamos a confiança que
os cidadãos depositaram em
nós", disse Westerwelle a simpatizantes ontem à noite.
Cortes no imposto de renda
continuam sendo uma plataforma política importante, mas
Westerwelle tem tentado afastar o partido da reputação de
"clube de milionários".
Fã de esportes e da arte contemporânea, ele aumentou a
atração de seu partido junto
aos jovens fazendo, por exemplo, campanha contra o serviço
militar obrigatório.
Após assumir a liderança do
partido, em 2001, sofreu abalo
quando não atingiu a meta ambiciosa de 18% dos votos nas
eleições de 2002. Percorrendo
as estradas em um ônibus apelidado de "Guido-Móvil", sua
tentativa de promover o FDP
como um partido "divertido"
foi ridicularizada pela mídia,
enquanto seu vice, Jürgen Möllemann, acusado de antissemitismo, cometeu suicídio.
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