São Paulo, segunda-feira, 28 de setembro de 2009

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Líder liberal-democrata celebra volta ao poder

DO "FINANCIAL TIMES"

Grande vencedor das eleições alemãs de ontem, Guido Westerwelle atingiu o objetivo de sua vida: fazer com que o Partido Liberal Democrata (FDP) voltasse ao poder depois de 11 anos no deserto político.
Westerwelle, 47, será não apenas o primeiro vice-chanceler abertamente gay -está cotado para assumir o Ministério das Relações Exteriores-, como seu partido deve abocanhar mais do que os três postos de gabinete tradicionalmente reservados ao partido minoritário numa coalizão.
O histórico de competência econômica de seu partido em governos anteriores fez com que Westerwelle se tornasse um dos poucos políticos beneficiados com a recessão alemã, apesar de sua defesa incondicional do livre mercado.
De fato, depois de a União Democrata-Cristã, de Angela Merkel, ter atingido seu segundo pior resultado na história da Alemanha pós-guerra, o fato de a aliança conservadora-liberal ter obtido suficientes assentos parlamentares para formar um governo é devido principalmente à performance do FDP -a melhor desde a criação da República Federal há 60 anos.
"Aceitamos a confiança que os cidadãos depositaram em nós", disse Westerwelle a simpatizantes ontem à noite.
Cortes no imposto de renda continuam sendo uma plataforma política importante, mas Westerwelle tem tentado afastar o partido da reputação de "clube de milionários".
Fã de esportes e da arte contemporânea, ele aumentou a atração de seu partido junto aos jovens fazendo, por exemplo, campanha contra o serviço militar obrigatório.
Após assumir a liderança do partido, em 2001, sofreu abalo quando não atingiu a meta ambiciosa de 18% dos votos nas eleições de 2002. Percorrendo as estradas em um ônibus apelidado de "Guido-Móvil", sua tentativa de promover o FDP como um partido "divertido" foi ridicularizada pela mídia, enquanto seu vice, Jürgen Möllemann, acusado de antissemitismo, cometeu suicídio.


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