DA REDAÇÃO

Especialistas europeus em armas químicas ainda estão em dúvida sobre que tipo de gás foi usado pelas forças russas para desbaratar a ação dos terroristas tchetchenos. O que se sabe ao certo é que desde sábado, quando o teatro em Moscou foi invadido, vários reféns morreram em decorrência dos efeitos de um gás. A Rússia não revelou que tipo de gás foi usado.
Segundo o especialista Olivier Lepick, o gás utilizado seria de tipo paralisante "psíquico e físico". "Poderia tratar-se de BZ, que provoca simultaneamente uma grande confusão mental e incapacidade de ação, acrescida de um forte efeito sedativo", explicou Lepick, baseado nos testemunhos dos reféns e nos sintomas descritos pelos que estão hospitalizados.
Já o professor Julian Perry-Robinson, da Universidade de Sussex (Inglaterra), levanta outra possibilidade: "O BZ, criado pelos EUA há muito tempo, surte efeito após meia hora ou uma hora de inalação. Mas as pessoas que estavam no teatro desmaiaram rapidamente. Os russos podem ter criado um novo tipo de gás, ainda desconhecido".
Um dos sobreviventes disse que o gás tinha um cheiro "amargo". Outra testemunha relatou que um dos sequestradores tchetchenos tentou pôr uma máscara, mas desmaiou antes de conseguir colocá-la no rosto.
O BZ, assim como a maioria dos gases paralisantes, faz parte de uma lista de produtos proibidos pela convenção de armas químicas.


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