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Local da captura é foco de disputa entre Irã e Iraque
DA ASSOCIATED PRESS
Os marinheiros britânicos foram capturados perto de águas há muito disputadas entre Irã e Iraque,
pouco além da foz do canal
de 200 quilômetros de extensão que separa não só
os dois países, mas os
mundos árabe e persa.
Os vizinhos não concordam nem quanto ao nome
da via aquática. Para os
iranianos, é o Arvandrud,
ou rio Arvand. Para os iraquianos, é Shatt al-Arab,
ou "linha costeira árabe".
A via aquática formada
pela confluência dos rios
Tigre e Eufrates, que se
unem na cidade iraquiana
de Qurnah e de lá fluem
para o golfo Pérsico, oferece a única saída do Iraque
para o mar. Iranianos e
iraquianos vêm disputando seu controle desde antes da criação dos modernos Irã e Iraque.
Em 1975, os dois países
assinaram um tratado sob
os termos do qual a divisa
passou a correr pelo centro do canal. Cinco anos
mais tarde, Saddam Hussein jogou o tratado no lixo e invadiu o Irã, deflagrando uma guerra que
duraria oito anos.
No começo de 2003, forças britânicas conquistaram a área como parte da
invasão que derrubou Saddam, e rapidamente promoveram a reabertura do
porto de Umm Qasr -quase todo o petróleo que sai
do Iraque é exportado por
esse terminal, instalado na
foz da via aquática.
Mas Teerã e o novo governo iraquiano não assinaram qualquer tratado
que substitua o de 1975, o
que significa que o controle da via aquática continua
a ser objeto de disputa,
disse Lawrence G. Potter,
professor da Universidade
Columbia, em Nova York.
"Ninguém sabe onde fica a fronteira", disse Potter. "Os britânicos podem
ter considerado que estavam do lado iraquiano, e
os iranianos o oposto."
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