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Caminho para sanções econômicas é longo
DA REDAÇÃO
O cronograma diplomático é
bastante lento. Não ocorrerá a
imediata votação de sanções econômicas contra o Irã. O que existe
é um longo jogo de pressões que
deverá prosseguir nos próximos
três ou quatro meses.
O primeiro passo, depois do relatório da AIEA ontem publicado,
será uma reunião em Nova York,
no dia 9, dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, França,
Rússia, Reino Unido e China), aos
quais se associa a Alemanha, que
participou das negociações com o
Irã em nome da União Européia.
Os americanos, com o apoio de
franceses e britânicos, pretendem
redigir uma resolução que evoque
o Capítulo 7 da Carta das Nações
Unidas. Esse capítulo constata genericamente a "existência de uma
ameaça à paz".
Essa primeira resolução não
abordaria a possibilidade de sanções, permitindo que ela seja votada pela China e Rússia.
Nessa etapa do processo as articulações partem sobretudo do
embaixador britânico na ONU,
Emyr Jones-Parry, e de seu colega
americano, John Bolton.
Apenas numa segunda etapa, e
caso o Irã não dê uma resposta satisfatória, é que se adotariam sanções em escala ainda bastante
modesta, como a cassação dos
vistos para que funcionários e homens de negócio iranianos possam visitar países estrangeiros em
que tenham interesses.
O Capítulo 7 tem um artigo, o
41, que prevê sanções econômicas. Elas já chegaram a ser aplicadas, por exemplo, contra a Iraque
de Saddam Hussein. O artigo 42
prevê a intervenção militar em
nome da comunidade internacional. Ele foi evocado para depor,
em 2001, o regime fundamentalista do Afeganistão, que abrigava
terroristas da Al Qaeda.
A revista "New Yorker" informou recentemente que o Pentágono estava planejando uma ação
militar contra o Irã. Mas é provável que, na atual etapa, o vazamento da informação sobre os
planos seja somente uma nova
forma suplementar de pressão sobre o regime iraniano.
Com agências internacionais
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