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Segurar balões de hélio e voar pelos ares é um sonho que "atravessa culturas e fronteiras" na opinião de Jonathan Trappe, 36, primeira pessoa a fazer justamente isso sobre o canal da Mancha, entre Reino Unido e França.
Trappe ficou mais leve que o ar ontem ao sentar numa cadeira com transponder, sistema de oxigênio, localizador por satélite e de emergência, rádio, balões de hélio e uma tesoura.
Após flutuar sobre o chão de Kent, no sudeste do Reino Unido, ele passou cerca de cinco horas vagando com o vento até cortar os últimos balões e pousar na França.
Há dois anos, o padre brasileiro Adelir de Carli morreu em tentativa semelhante, entre Paraná e Santa Catarina.
Menos preparado que Trappe, Carli enviou uma mensagem em pleno voo em que pedia ajuda: "Eu preciso entrar em contato com o pessoal para que eles me ensinem a operar esse GPS".
Já o norte-americano soou mais pragmático: "Por que realmente é apenas sobre sonhos e curtir a aventura, que só se aproveita quando há segurança", disse ao pousar.
Munido de autorização de imigração e de voo, Trappe não teve problemas com a polícia local. "Ele estava com a autorização correta e eu acredito que até pagou algo para o dono do campo, caso danificasse a plantação no pouso", disse um porta-voz da polícia francesa.


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