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Jobim descarta ação militar e diz que solução é diplomática
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim, afirmou ontem que o
Brasil não estuda a possibilidade de enviar militares a Honduras, caso haja uma invasão à
embaixada brasileira no país.
Ele afirmou que "a solução é
exclusivamente diplomática".
Jobim afirmou não acreditar
que Honduras proíba a saída de
brasileiros do país, mesmo que
acabe, como ameaçou, com a
inviolabilidade diplomática da
embaixada, que abriga há nove
dias o presidente deposto de
Honduras, Manuel Zelaya.
"O Ministério da Defesa não
tem posições nesse caso. Se disser que estou preocupado, estaria dizendo que eu quero invadir Honduras. Esse não é o caso. A solução é exclusivamente
diplomática", disse.
Ele afirmou também que não
se cogita o uso de militares para
auxiliar a retirada de brasileiros do país, em caso de agravamento da crise. "Não creio que
Honduras impeça a saída de
brasileiros", continuou.
Serra
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), afirmou ontem que a diplomacia brasileira
se envolveu numa "tremenda
trapalhada" ao abrigar Zelaya.
"O Itamaraty se meteu numa
trapalhada que não vai ser fácil
desfazer. Espero que consiga.
Não estou acompanhando em
minúcias [o caso], mas estou
achando que foi uma tremenda
trapalhada."
Serra lembrou seu passado
como exilado da ditadura brasileira (1964-1985) e da chilena
(1973-1990), quando se abrigou
por nove meses em embaixadas
no Brasil e no Chile e disse que
a situação do hondurenho não é
comparável. "O que tem lá não
é um asilo, do ponto de vista jurídico. É uma trapalhada", repetiu o governador.
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