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Culpa por mortes é dos
terroristas, diz Bush
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, atribuiu ontem "aos terroristas, não ao governo russo", a
responsabilidade pela morte de
ao menos 116 reféns no sábado
após a tomada, pelas forças especiais russas, do teatro em Moscou
onde terroristas tchetchenos
mantinham cerca de 700 espectadores cativos havia 58 horas. A
morte da grande maioria foi atribuída ao gás utilizado pelas forças
russas antes de entrar no teatro.
"O presidente sente que as pessoas que devem ser acusadas aqui
são os terroristas. As pessoas que
provocaram essa tragédia são terroristas que fizeram reféns e colocaram as vidas de outros em perigo", afirmou o porta-voz da Casa
Branca, Ari Fleischer.
O premiê britânico, Tony Blair,
também declarou apoio à ação
russa. "Peço às pessoas que entendam que, quando ficou claro que
os terroristas estavam começando a matar os reféns, as autoridades russas tinham de agir", afirmou. "Não há soluções seguras,
fáceis e sem riscos numa situação
como essa", disse.
O porta-voz do Departamento
de Estado dos EUA, Richard Boucher, fez declaração parecida. "O
governo russo enfrentava um difícil dilema como resultado desse
ato terrorista cruel. Não há saída
fácil para essa situação, na qual
terroristas armados estão ameaçando as vidas de tantas pessoas."
Apesar do apoio à ação das forças russas, um funcionário do Departamento de Estado afirmou
que os EUA pediram à Rússia explicações sobre o uso do gás durante a operação. O governo russo
se recusou a identificar o gás utilizado, mesmo para os médicos
que estão tratando as vítimas.
Segundo Boucher, a Embaixada
dos EUA em Moscou localizou
ontem um corpo que acredita ser
de um cidadão americano que
morreu durante a operação. Outro americano estaria hospitalizado. Entre os mortos estavam também um holandês, um austríaco e
uma menina de 13 anos do Cazaquistão. Inicialmente, o governo
russo havia dito que nenhum dos
cerca de 75 estrangeiros que estavam no teatro havia morrido.
Com agências internacionais
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