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Casa Branca exorta Síria e Irã a "cuidar" de fronteiras
DA REDAÇÃO
Com a intensificação da violência no Iraque, o governo dos EUA
exortou os governos da Síria e do
Irã a tomar medidas para acabar
com a suposta infiltração de combatentes estrangeiros por suas
fronteiras com o Iraque.
"O governo deixou claro para
eles [Damasco e Teerã] que é preciso tomar uma atitude para acabar com a infiltração pelas fronteiras", disse o porta-voz da Casa
Branca, Scott McClellan, acrescentando que os EUA já estavam
reforçando a segurança. "Eles conhecem nossas preocupações, e
esperamos que lidem com essas
questões", disse.
Anteontem, após a explosão de
quatro carros-bomba em Bagdá, a
polícia iraquiana disse ter surpreendido com um passaporte sírio um homem que tentava detonar um quinto carro.
Segundo Paul Bremer, o diplomata americano que governa o
Iraque, "a maioria dos terroristas
no Iraque não é iraquiana", mas
vem de países como a Síria, a Arábia Saudita, o Iêmen e o Sudão.
Embora vários militares americanos no país afirmem que os ataques partam de forças leais ao regime deposto, a opinião de Bremer é compartilhada por outras
autoridades da coalizão -incluindo o presidente George W.
Bush, que diz se tratar de uma
mistura de remanescentes do regime deposto com estrangeiros.
Segundo afirmou à BBC o representante especial de Londres
no Iraque, Jeremy Greenstock, o
uso de ataques suicidas "é uma tática terrorista estrangeira, e não
dos elementos leais ao [ex-ditador] Saddam [Hussein]".
Indagado se a Síria ou o Irã estariam envolvidos no problema,
Greenstock disse que, embora os
dois países cooperem em vários
aspectos, "ainda há elementos em
seus governos querendo interferir
onde não devem".
Os EUA, ontem, se declararam
abertos a retomar o diálogo com o
Irã, interrompido em maio, contanto que o país desse informações sobre supostos membros da
Al Qaeda em seu território.
"Estamos preparados para entrar em discussões limitadas com
o Irã em áreas de interesse comum", disse o subsecretário da
Defesa, Richard Armitage.
O governo iraniano, por sua
vez, reiterou que não pretende entregar os suspeitos.
Com agências internacionais
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