UOL


São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Casa Branca exorta Síria e Irã a "cuidar" de fronteiras

DA REDAÇÃO

Com a intensificação da violência no Iraque, o governo dos EUA exortou os governos da Síria e do Irã a tomar medidas para acabar com a suposta infiltração de combatentes estrangeiros por suas fronteiras com o Iraque.
"O governo deixou claro para eles [Damasco e Teerã] que é preciso tomar uma atitude para acabar com a infiltração pelas fronteiras", disse o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, acrescentando que os EUA já estavam reforçando a segurança. "Eles conhecem nossas preocupações, e esperamos que lidem com essas questões", disse.
Anteontem, após a explosão de quatro carros-bomba em Bagdá, a polícia iraquiana disse ter surpreendido com um passaporte sírio um homem que tentava detonar um quinto carro.
Segundo Paul Bremer, o diplomata americano que governa o Iraque, "a maioria dos terroristas no Iraque não é iraquiana", mas vem de países como a Síria, a Arábia Saudita, o Iêmen e o Sudão.
Embora vários militares americanos no país afirmem que os ataques partam de forças leais ao regime deposto, a opinião de Bremer é compartilhada por outras autoridades da coalizão -incluindo o presidente George W. Bush, que diz se tratar de uma mistura de remanescentes do regime deposto com estrangeiros.
Segundo afirmou à BBC o representante especial de Londres no Iraque, Jeremy Greenstock, o uso de ataques suicidas "é uma tática terrorista estrangeira, e não dos elementos leais ao [ex-ditador] Saddam [Hussein]".
Indagado se a Síria ou o Irã estariam envolvidos no problema, Greenstock disse que, embora os dois países cooperem em vários aspectos, "ainda há elementos em seus governos querendo interferir onde não devem".
Os EUA, ontem, se declararam abertos a retomar o diálogo com o Irã, interrompido em maio, contanto que o país desse informações sobre supostos membros da Al Qaeda em seu território.
"Estamos preparados para entrar em discussões limitadas com o Irã em áreas de interesse comum", disse o subsecretário da Defesa, Richard Armitage.
O governo iraniano, por sua vez, reiterou que não pretende entregar os suspeitos.


Com agências internacionais

Texto Anterior: A próxima vítima: Policiais iraquianos trabalham com medo
Próximo Texto: Oriente Médio: Sharon perde apoio, e Likud perde eleição
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.