São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AMERICANAS

OUTONO DO PATRIARCA
O republicano John McCain e sua vice, Sarah Palin, pediram ontem a renúncia do senador Ted Stevens, colega de partido condenado por corrupção. Veterano da 2ª Guerra Mundial e senador há 40 anos, Stevens reconheceu ter recebido presentes caros de executivos, mas disse não considerá-los suborno. Apostando na absolvição, o senador, de 84 anos, pediu um julgamento rápido e foi seu próprio advogado. Com a derrota, minguam as chances de reeleição do republicano, que até então era o favorito para a vaga disputada no Alasca

FIEL DA BALANÇA
O revés de Stevens fortalece os democratas na luta pelo controle total do Senado. O candidato do partido, Nick Begich, vinha se aproximando de Stevens nas pesquisas e, com a derrota judicial, deve ultrapassá-lo. Caso os republicanos não ganhem ao menos 40 dos 100 assentos, não terão capacidade para obstruir votações

VITÓRIA ANTECIPADA
Acossado pelo clima de já ganhou dos rivais democratas, McCain questionou ontem as pesquisas que dão ampla vantagem a Barack Obama e prometeu a simpatizantes "fazer os gurus de bobos". A mais recente enquete do Pew Research dá ao democrata uma vantagem de 15 pontos percentuais entre prováveis eleitores. Na média nacional das pesquisas, Obama lidera por 6 pontos

VISITA SURPRESA
O presidente americano, George W. Bush, fez ontem uma visita surpresa à sede do Partido Republicano, em Washington, para estimular a equipe a continuar "trabalhando duro" por McCain na reta final da disputa pela Casa Branca. O apoio não ajuda muito o candidato republicano, que se esforça para descolar sua imagem do impopular governo Bush e se declara independente

O VOTO DO ENCANADOR
"Joe, o encanador", transformado por McCain em símbolo dos empreendedores que seriam afetados pelo plano fiscal de Obama, endossou ontem a campanha republicana. Samuel J. Wurzelbacher não tem registro de encanador e não votará, porque perdeu o prazo de inscrição eleitoral, mas fará campanha contra Obama em seu Estado, Ohio. Ontem, Wurzelbacher atacou as idéias "socialistas" do democrata e disse que Obama acabaria com "a democracia pela qual o Exército dos EUA luta lá fora"

RACISMO MARGINAL
Obama minimizou ontem o perigo representado pelo plano para matá-lo descoberto por agentes federais. Dois neonazistas, de 18 e 20 anos, foram presos por planejarem roubar uma loja de armas, atacar uma escola de maioria negra e depois tentar matar o democrata. Para a família do mais jovem, era apenas devaneio de um "garoto muito problemático"


Texto Anterior: Porta - Vozes / Code pink: "Obama virou um candidato como os outros"
Próximo Texto: Avanço de rebeldes faz ONU e Exército recuarem no Congo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.