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GUERRA SUJA
EUA devem interromper ajuda militar à Colômbia, diz Anistia
DA REDAÇÃO
Num duro relatório divulgado ontem, a Anistia Internacional cobrou que EUA e
outros países interrompam o
envio de ajuda militar à Colômbia, além da venda direta
de armas ao país, até que as
forças de segurança parem
de matar civis e o governo Álvaro Uribe acate recomendações da agência de direitos
humanos da ONU.
A ONG argumenta que, se
os seqüestros estão em queda na Colômbia, aumentaram as execuções extrajudiciais, por ação direta de policiais e soldados, e a população deslocada pelo conflito.
Os EUA, principais aliados
de Uribe, já transferiram a
Bogotá US$ 5 bilhões desde
2000, a maioria em ajuda militar. Ontem, o Departamento de Estado reafirmou: a
performance de Bogotá melhorou muito, mas há trabalho a ser feito.
O relatório da Anistia repete críticas ao governo Uribe que alimentam a rejeição
da maioria democrata do
Congresso dos EUA - e do
candidato oposicionista à
Presidência, Barack Obama- ao acordo de livre-comércio entre os dois países.
O informe da ONG coincidiu com divulgação de uma
carta do secretariado das
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na
qual a guerrilha se diz disposta a negociar a troca de
seqüestrados por guerrilheiros presos, desde que os interlocutores não sejam do
governo: menciona intelectuais colombianos e "a maioria dos presidentes latino-americanos".
O comunicado tem data de
16 de outubro -antes da libertação do ex-deputado Oscar Lizcano, com ajuda de
um desertor. Não cita condições para a negociação, nem
faz propostas programáticas,
em mais um sinal das péssimas condições do grupo. É
improvável que o governo
aceite mediação.
Com agências internacionais
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