São Paulo, sábado, 30 de janeiro de 2010

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EUA e Honduras dizem ter reatado laços

Anúncio foi feito em encontro entre presidente Porfirio Lobo e o embaixador americano, Hugo Llorens

DA REDAÇÃO

O novo presidente de Honduras, Porfirio Lobo, e o embaixador dos EUA no país, Hugo Llorens, deram ontem por "praticamente normalizadas" as relações entre os países após a crise causada pelo golpe de Estado contra Manuel Zelaya.
Lobo e Llorens se encontraram ontem em Tegucigalpa, dois dias após a posse do presidente. "Muito me alegra que hoje, com a visita do senhor embaixador, estejamos normalizando praticamente a relação com os EUA", afirmou Lobo.
Depois do golpe de 28 de junho passado, os EUA congelaram ajuda econômica a Honduras e passaram a não reconhecer diplomatas do país. Llorens afirmou ontem que o caminho está aberto para a retomada da cooperação a Honduras em áreas como combate ao narcotráfico e ao crime organizado.
Segundo país mais pobre da América Central, Honduras tem quase metade de sua economia -baseada na exportação de itens como banana e café- vinculada aos EUA -exportações ao país representam 30% do PIB, e remessas de hondurenhos que vivem nos EUA (cerca de 1,3 milhão), outros 22%.
De acordo com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a economia de Honduras se retraiu 3% durante o ano de 2009, e deve ter o menor crescimento da região em 2010 -1,5%.
Os sete meses de crise política agravaram a situação. Lobo recebeu o governo com US$ 500 milhões em caixa, mas com dívidas externa e interna em US$ 4,5 bilhões.
Segundo o novo ministro hondurenho das Finanças, William Wong, a recuperação econômica dependerá da reinserção internacional. "Temos que chegar ao reconhecimento de organismos internacionais para que nos façam desembolsos e sigamos adiante."


Com agências internacionais

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