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País diz que Arafat já pode deixar Ramallah
DA REDAÇÃO
Os seis palestinos procurados
por Israel pela morte de um ministro e outras ações, que se encontram dentro do quartel-general do líder palestino Iasser Arafat,
em Ramallah, devem ser transferidos a uma prisão em Jericó "nas
próximas 48 horas".
A informação foi dada por um
alto funcionário palestino à agência de notícias France Presse. Eles
devem permanecer numa prisão
da cidade sob a guarda de agentes
dos EUA e do Reino Unido, que já
teriam visitado o local ontem.
Autoridades palestinas se reuniram ontem com especialistas norte-americanos e britânicos para
discutir o plano que estabelece o
fim do confinamento de Arafat
em seu QG em Ramallah, iniciado
em 29 de março. "O encontro foi
muito positivo. Haverá uma nova
sessão amanhã [hoje"", uma autoridade palestina afirmou após
as negociações em Ramallah.
Proposta dos EUA prevê que
Arafat possa deixar seu quartel-general, permitindo que ele possa
voltar a se locomover nos territórios palestinos e no exterior. Ele
não deixa a cidade desde dezembro e, desde 29 de março, está sitiado em seu palácio presidencial
por tropas de Israel.
Em troca, os palestinos devem
deixar os seis procurados por Israel sob custódia dos representantes estrangeiros.
O ministro da Defesa de Israel
disse ontem que Arafat já podia
deixar o local, contanto que deixasse os acusados para trás.
Os EUA e o Reino Unido ainda
não revelaram quais as pessoas
que enviariam para atuar como
"sentinelas" na prisão. Um porta-voz da Casa Branca disse que os
monitores não serão militares.
Devem chamar especialistas, que
não vão usar armas, com experiência na polícia e em prisões.
Israel exigia a entrega dos seis,
entre eles os responsáveis pela
morte do ministro de Turismo
Rehavam Zeevi, para pôr fim ao
cerco. Uma corte militar palestina, formada dentro do complexo
onde está Arafat, condenou na semana passada os responsáveis pelas mortes a penas que variam de
um a 18 anos de prisão.
Além deles, Israel quer a entrega
de Fuad Shubaki -tesoureiro de
Arafat suspeito de envolvimento
no episódio do barco Karine A,
em janeiro deste ano, que contrabandeava armas do Irã para os
palestinos e foi interceptado por
Israel.
Segundo o Canal 1 da TV de Israel, as negociações para a transferência dos procurados para a
prisão estariam emperradas em
razão da resistência de Arafat em
entregar Shubaki e Ahmed Sa'adat, líder da Frente Popular para a
Libertação da Palestina (FPLP)
acusado de participar no assassinato do ministro do Turismo.
Com agências internacionais
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